sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal ... com os Ramones!




Hey Ho, Feliz Natal!  =:)

Sonzinho recomendado: Dada - Dizz Knee Land




Musiquinha legal pra caramba. Pouca gente conhece. Eu descobri há vários anos atrás, achando que era da discografia do D.A.D (Disneyland After Dark), uma banda da qual eu gosto bastante. Claro que, no fim das contas, a minha associação não fazia nenhum sentido ...   

A Verdade Está Lá Fora

A notícia mais bizarra das últimas semanas foi o fato de o FBI ter liberado na internet documentos que referem expressamente a captura de um óvni em Roswell nos anos 50. Tipo ... O QUE? Agora resolveram, do dia para a noite, sessenta anos depois, confessar que confiscaram uma ESPAÇONAVE ALIENÍGENA?!?  o.O


Sério, eu não sei o que pensar sobre esse tipo de buruseira, pra mim nada disso faz sentido algum. Se o governo norte-americano de fato se apoderou de espaçonaves alienígenas (e de cadáveres de seres de outro planeta!) nos anos 50, por que DIABOS iriam simplesmente admitir isso agora, atirando tudo na internet como se fossem comprovantes de encomenda de caixas de donuts?!?


Mas, por outro lado, se o governo norte-americano nunca encontrou nenhum ET ou nave espacial, então por que diabos manchariam o nome institucional do FBI colocando na internet uns documentos forjados ridículos, cheios desse spacecraft mambo-jambo? Dito de outro modo: se você é sério e encontra uma nave espacial, você não revela nunca. Se você é sério e não encontra uma nave espacial, você não libera documentos que falsamente alardeiam que você encontrou uma. E aí, de que lado está a verdade nesse pastel mental todo?

Vou apresentar um esboço de teoria. Ai, meu saco, lá vem o Caveira com os seus delírios de novo! É o seguinte: os documentos são verdadeiros, e seu conteúdo é verídico, mas eles referem apenas que os americanos se apoderaram de um objeto voador não identificado que poderia ser uma nave espacial, mas que no final das contas não era. Isso explica a existência destes documentos (e a formalidade de o FBI colocar os mesmos no seu site oficial), ao mesmo tempo em que explica a indiferença dos americanos em dar publicidade para estes papéis agora.

E aí, o que acham? Concordam, discordam? Ah, Caveira, vai te cagar, ninguém dá a mínima!

Link da notícia: 




O Caveira não morreu (foi ao inferno e voltou ...)

Notaram que a Cripta andou meio parada nos últimos dois meses? Nãããão, Caveira, eu sou cego e burro como você e não notei nada de diferente. Bem, antes que vocês me acusem de ser um blogueiro nerd morto-vivo desidioso com a sua própria Cripta, quero esclarecer que eu estava ocupado até os ossos, às voltas com a finalização do meu Mestrado. Mas agora, dias um pouco mais tranquilos virão, e a Cripta voltará a ser abastecida com todo o tipo de nerdices, sandices, inutilidades e abominações dementes. Ou seja: tudo voltou ao normal por aqui! Rá, até parece que alguém no mundo lê essa joça de blog besta.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Momento Anos 80 - Psychedelic Furs

 Olá, amiguinhos, estou de volta! Para quem não lembra (ou é muito jovem para lembrar), eu sou o Don Johnson, o Assessor Oficial da Cripta do Caveira Para Assuntos Oitentistas. Hoje, eu vou fazer os corações de vocês explodirem de tanto feeling com dois videoclipes "muito massa" do PSYCHEDELIC FURS. A música "Pretty in Pink" deles foi a inspiração do famoso filme oitentista de mesmo nome, sabiam? Claro que acabou virando um dos maiores hits da banda depois, junto com "Heartbreak Beat", que veio alguns anos depois. Mas agora chega de papo e vamos encher o ambiente de eighties feeling!!!




Sessão "Vincent Price"


Para homenagear meu ídolo de filmes antigos de terror, aqui vão algumas pérolas relativas ao inigualável VINCENT PRICE e que estão à disposição de vocês na internet, caros corpos e almas!

Vamos começar com Vincent, uma sensacional animação curta-metragem de 1982 dirigida por ninguém menos do que Tim Burton - e que tem Vincent Price na narração! Tá bom ou quer mais?




Na sequência, o meu episódio favorito da série de TV original dos Muppets: aquele que teve participação especial do Vincent Price, é claro! Confira os links para ver no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=jBnk4U-Pggg  (Parte 1)


http://www.youtube.com/watch?v=olhWkW8Mqmw&feature=related  (Parte 2)

http://www.youtube.com/watch?v=_cVp7u1HEuY&NR=1  (Parte 3)



Tá tudo em inglês e sem legendas, tá, meu filho? Se quiser em português, espera passar no SBT!

Paul McCartney - Hope Of Deliverance




Adoro esse som! "1992 feelings" ...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

COMEMORANDO O HALLOWEEN


E aí, corpos e almas, como estão as festividades de vocês para o mês mais horrorífico do ano?

Eu comecei o Mês das Bruxas bem: na madrugada do dia 01 de outubro, revi (pela primeira vez em mais de 15 anos!) o filme NECRONOMICON, de 1993. Vi esse filme na casa de um primo quando eu era adolescente e, na época, achei o filme bastante aterrorizante. Olhando hoje, ele não chega a ser propriamente "assustador", mas é muito legal e não tem como negar que a última das três histórias narradas no filme (um segmento dirigido por Brian Yuzna, um veterano do gênero) é bem sinistra - além de asquerosa pra caramba, com uma violência gráfica de regurgitar o jantar!


O destaque absoluto do filme, é claro, vai para a trama que se desenrola em meio às três histórias longas, e cujo personagem principal é ninguém menos do que o célebre escritor H.P Lovecraft (o inventor do fictício livro maldito Necronomicon), aqui interpretado pelo impagável Jeffrey Combs, que tem um lugar cativo no coração dos fãs de cinema de horror desde que interpretou o protagonista Dr. Herbert West no clássico oitentista Re-Animator (que tinha como produtor Brian Yuzna, que veio posteriormente a dirigir a sequência Bride of Re-Animator).


Se dependesse da minha vontade eu teria preenchido o mês inteiro com uma maratona incessante de filmes de terror, mas - como estou às voltas com a finalização da minha dissertação de mestrado - precisei ser um pouco econômico. Então prossegui minha comemoração halloweeniana na semanas seguintes com PHANTASM (1979), um filme que foi bastante elogiado e influente em sua época e que hoje encontra-se bastante esquecido pelos fãs de terror. O filme é divertidíssimo e é impossível não gostar do vilão "Tall Man". Recomendo.

 
Para encerrar, não dá pra perder a edição deste ano da maratona Monster Madness do site Cinemassacre. O responsável pelos vídeos é ninguém menos do que James Rolfe, que ficou mundialmente famoso interpretando o já célebre Angry Videogame Nerd. Todos os anos, em outubro, James faz uma maratona ao longo de todo o mês com reviews de filmes de terror, sempre em torno de algum eixo temático específico. Este ano, a Monster Madness é dedicada à séries de filmes que tiveram muitas sequências, e James está cobrindo as cinesséries completas de Frankenstein, Dracula, A Nightmare on Elm Street e Halloween. Novos reviews estão saindo todos os dias até 31 de outubro. Para quem curte filmes de terror e está com o inglês em dia, é imperdível!



Ah, e pros nerds que gostam de games antigos, não deixem de acompanhar as comemorações de Halloween também lá no Cemetery Games!

"Boooooooooooooooy!!!!!!"

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Músicas que gostarímos de ouvir: "SAD BUT SUPERSTITIOUS" (Stevie Wonder with Metallica)

Na boa, isso ficou DEMAIS! Deveria ser incluído na discografia oficial de ambos os artistas!   :)



Loucademia de Hard Rock Setentista

Se você ainda tinha alguma dúvida de que o inesquecível Sargento Larvelle Jones (da série Loucademia de Polícia) é um gênio, confira o vídeo abaixo. Só o que tenho a dizer é: UAU!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Homenageando STEVE JOBS (1955-2011)



Pois é: o genial Steve Jobs nos deixou na semana passada. Muita gente – principalmente entre o pessoal mais jovem – acha que o grande legado do cara foram as desejadas bugigangas que ele inventou na última década, como o Ipod, o Iphone e o Ipad. Ledo engano!

Na verdade, a grande contribuição de Jobs para a revolução do mundo como o conhecemos hoje foi a popularização do microcomputador pessoal. Ele fez isso de duas maneiras: primeiro, criando em 1977 o Apple II, um dos primeiros microcomputadores e o primeiro a experimentar grande sucesso comercial. Segundo, apresentando ao mundo, nos anos 80, o primeiro sistema operacional gráfico (o que depois foi copiado na cara dura pela Microsoft). Jobs intuiu, com toda a razão, que a disseminação dos microcomputadores passaria pela necessária implementação de uma interface mais amigável com o usuário, ao contrário dos sistemas operacionais existentes até então, que eram operados tão somente por comandos de texto na tela.



O Apple II abriu as portas para uma série de grandes e clássicos microcomputadores que vieram depois, como os britânicos ZX Spectrum (1982) e Amstrad CPC (1984), o também americano Commodore 64 (1982), o japonês MSX (1983) e, é claro, o IBM-PC (1981), o padrão que é o avô direto de todos os PCs rodando Windows que nós hoje temos em casa. Ah, e acho que não preciso nem dizer que, se não fosse pelos microcomputadores, nós evidentemente não teríamos consoles de videogame (que nada mais são do que microcomputadores dedicados) em nossos lares.

Jobs foi um dos pioneiros na insana tarefa de convencer as pessoas que elas deveriam ter microcomputadores em suas casas e que estas máquinas poderiam fazer muito para facilitar nossas vidas e torná-las mais legais, o que soava como uma loucura no final dos anos 70.

Naqueles tempos, “computador” era o tipo da coisa associada com grandes empresas, com fábricas e com processamento de dados comerciais. Sugerir que as pessoas deveriam ter computadores em casa e em pequenas atividades profissionais era mais ou menos como sugerir que as pessoas colocassem esteiras de produção ou maquinário pesado dentro de suas residências. Mas o visionário da Apple acreditou na sua visão e … adivinha quem estava certo?

Para homenagear o genial fundador da Apple, aqui vão alguns vídeos muito legais. Este primeiro é um maravilhoso, inspirado, sincero e choramingante discurso de Jobs, proferido há alguns anos atrás numa cerimônia de formatura na Universidade de Stanford. Não pense duas vezes: veja do começo ao fim. É bom demais!



Em seguida, temos esse inacreditável registro de um show promocional da Apple, comandado por Jobs e que tem entre os participantes um jovem nerd franzino chamado ... Bill Gates! E não é que o futuro arqui-concorrente da Apple morre pela boca e admite expressamente que o Macintosh é a máquina mais maravilhosa que ele já viu na vida até então?



Para encerrar, esse incrível vídeo de uma das exibições de lançamento do Macintosh, com o mundo pela primeira vez testemunhando um microcomputador dotado de sistema operacional gráfico. Perto disso, o lançamento do Ipad foi tão surpreendente quanto um teatrinho de velhas esclerosadas num asilo!



Ipod, Iphone, Ipad … todas essas coisas podem ser muito legais. Mas o que realmente devemos agradecer a Steve Jobs, para sempre, é pelo seu empenho em nos convencer de que não poderíamos continuar vivendo sem microcomputadores à nossa volta. Muito, muito obrigado por ter percebido isso, Steve! Você, com toda certeza, fez com que as nossas vidas fossem muito mais legais e divertidas.

                            Jobs lançando o revolucionário Macintosh em 1984.

BOTINADA!

 
Em 2006, foi lançado o documentário BOTINADA - A ORIGEM DO PUNK NO BRASIL, dirigido pelo ex-VJ da MTV Gastão Moreira. É um filme imperdível para quem quer entender como se deu o surgimento das primeiras bandas punks nacionais, bem como os motivos pelos quais o então nascente movimento se transformou em fumaça nos anos 80. Se você gosta de punk rock e nunca ouviu falar de bandas como Cólera, Olho Seco, AI-5, Restos de Nada e Condutores de Cadáveres, esse documentário é para você!
 
O melhor de tudo é que você pode ver o filme inteiro, de graça, no endereço abaixo. 

De nada! :)

http://video.google.com/videoplay?docid=8410263449371817356

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Caveira analisa: MISFITS - THE DEVIL'S RAIN (2011)


Hoje é o lançamento norte-americano de The Devil's Rain, o primeiro álbum de estúdio de músicas novas e originais do Misfits desde 1999! Como fanático pela banda que sou, é claro que eu não poderia deixar de ouvir o novo álbum em primeira mão, embora as circunstâncias já me levassem a não esperar nenhuma nova obra-prima da banda, hoje severamente desfalcada e descaracterizada em relação a épocas anteriores. Mas vamos ao novo disco!

A abertura do álbum (com "The Devil's Rain" e "Vivid Red") é legal mas não impressiona muito, ficando bem abaixo da média geral das músicas dos álbuns do Misfits da fase Graves. Os fãs do Misfits vão suspirar de saudades das dobradinhas "Abominable Dr.Phibes/American Psycho" e "Kong at the Gates/Forbidden Zone", que abriam os dois últimos álbuns de estúdio da banda ...

Na sequência vem um dos melhores momentos do álbum, com as boas "Land of the Dead", "The Black Hole" e "Twilight of the Dead". O problema é que duas dessas três faixas já haviam sido lançadas pela banda anteriormente (embora tenham sido regravadas para este novo álbum), então fica aquela impressão de que o melhor deste novo lançamento já não soa mais como novidade.

Depois, o álbum escorrega feio com duas faixas incompreensivelmente aborrecidas e dispensáveis, "Curse of the Mummy's Hand" (talvez a coisa mais burocrática e "sem sal" já gravada pela banda em seus mais de 30 anos de história, apesar do caprichado solo de guitarra que tenta salvar a música) e "Cold in Hell". É um material que não merecia ver a luz do dia nem como sobra de estúdio, nem como faixa bônus, nem como download gratuito de presente para os fãs. Até as mais obscuras sobras de estúdio da fase Graves são bem melhores do que essas duas músicas.

Quando o ouvinte já começa a suar de preocupação, o álbum dá uma leve melhorada com "Unexplained", com mais um solo de guitarra de Cadena.

Surpreendentemente, "Dark Shadows" - com vocais de Dez Cadena - é uma das melhores músicas do álbum, apesar de ter quase quatro minutos de duração (uma eternidade para os padrões da banda). A mesma longa duração (3:38) aparece nas faixas seguinte, a mediana "Father" e a interessante "Jack the Ripper".

"Monkey's Paw" foi escrita por Jerry Only em parceria com Daniel Rey. Coincidência ou não, parece mais uma música dos Ramones do que do Misfits. Mas, justiça seja feita, é uma música legal e se destaca no conjunto do novo álbum.

Talvez a influência de Rey não tenha sido assim tão significativa, pois a faixa seguinte, "Where Do They Go?", soa AINDA MAIS como Ramones do que a anterior. Mesmo deixando no ar alguma saudade da sonoridade clássica do Misfits, o certo é que essa é tranquilamente uma das músicas mais legais de The Devil's Rain.

"Sleepwalkin" é uma espécie de rockão meio arrastado, mas interessante. Não parece Misfits, mas é legal. A faixa final, "Death Ray", é de longe a mais rápida e nervosa de todas, e parece quase uma confissão de que o novo álbum é calmo e lento demais para os padrões da banda.

Concluindo: The Devil's Rain é bom ou é ruim? Analisado em si mesmo, sem comparações, o lançamento é legal e se mostra um sólido álbum de punk rock. Mas sofre de um GRAVE problema, que é a sensação geral de desorientação do fã de longa data. Isso porque o material não soa nem como o Misfits clássico, nem como o Misfits dos anos 90 - e isso não é nada, nada bom!

O mundo inteiro - de bandas que vendem milhões de álbuns às bandas punk de garagem ao redor do globo -  rende homenagens ao som e ao estilo que consagrou o Misfits, mas aparentemente Jerry Only & Cia estão mais preocupados em tentar "reinventar" a banda. Conseguem? Claro que não. O resultado ainda é Misfits - só que desprovido da inspiração e da energia que consagraram o nome da banda. Falta gritaria e caos nas músicas, coisas que sempre foram marca registrada das composições do Misfits. Pior: falta velocidade! As novas faixas são polidas, comportadas, "pasteurizadas". Samplers com efeitos "sinistros" e vozes de monstrinho aparecem aqui e ali, no lugar dos antigos backings anárquicos e microfonias.

Instrumentalmente, a banda está muito bem. Jerry Only está cantando melhor do que jamais se poderia esperar que ele conseguisse, o novo baterista Eric "Chupacabra" Arce cumpre seu papel numa boa e Dez Cadena visivelmente se puxa para mostrar serviço na guitarra, apresentando ao longo do álbum alguns dos solos mais elaborados da discografia da banda.

The Devil's Rain não é de forma nenhuma "ruim" e até conta com algumas faixas bem legais, mas é seguramente o material mais inexpressivo, pouco inspirado e dispensável da discografia da banda. Quem achava que Michale Graves e Doyle iriam fazer falta estava coberto de razão. Por mais que se queira defender a atual formação do Misfits, dificilmente alguém teria a audácia de negar que o álbum Punk Rock is Dead, lançado por Graves em 2005, é muito melhor (e muito mais fiel à sonoridade do Misfits) do que este novo The Devil's Rain.

Fica a minha sugestão: se você é fã de longa data do Misfits, não deixe de ouvir o novo álbum. Mas faça isso com a mente muito, muito aberta. Não espere a genialidade criativa da fase Danzig, nem a energia contagiante e frenética da fase Graves. Agora, se você ainda é novato e conhece pouco da discografia da banda, passe longe de The Devil's Rain. Vá correndo ouvir os discos Walk Among Us e Static Age, e depois se divirta com American Psycho e Famous Monsters. Deixe para ouvir The Devil's Rain no futuro, quando - e se - sobrar um tempo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

METALLICA - show do Rock in Rio 2011 completo!





Hell yeah, baby!!!    \m/

SLIPKNOT: vídeo completo do showzaço no Rock in Rio!

MOTÖRHEAD: vídeo do show completo no Rock in Rio




Taí o show completo do Motörhead de ontem (25/09/2011) no Rock in Rio. Nem precisa agradecer.  \m/


SETLIST

01. Iron Fist
02. Stay Clean
03. Get Back In Line
04. Metropolis
05. Over the Top
06. One Night Stand
07. I Know How to Die
08. The Chase Is Better Than the Catch
09. In the Name of Tragedy
10. Going to Brazil
11. Killed by Death
12. Ace of Spades
13. Overkill

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ENTREI PRO CLUBE DOS 30 ...



Pois é, acaba de ser lançada a minha versão 3.0. Entrei pro Clube dos 30. Virei balzaquiano. Enfim ...

Para comemorar, um setlist apropriado - com o adequado clima de "sou velho mas ainda mato a pau". Yeah, baby. Rock! Achou o quê, que eu iria começar a ouvir Roberto Carlos só porque fiquei velho? Ah, pára, ô!




 



terça-feira, 13 de setembro de 2011

ENSAIO SOBRE A MUDANÇA



       "Tudo muda, até bermuda" - Platão.

Mudança. Mudança é uma droga, um horror. Um pé no saco, alguns diriam. Não estou falando só de mudança de casa, tipo aquelas mudanças que você faz com o caminhão de mudança. Estou falando de mudança em sentido amplo - alteração, transformação, modificação. E me poupem do papo auto-ajuda/new age de que "a mudança abre novas portas para blablablá". Vamos direto ao ponto: mudança é ruim. Todo mundo sabe.

A mudança é uma absoluta inconveniência até no ancestral baralho de tarô. Sabe a carta da "Morte", aquela que todo mundo conhece e morre de medo achando que é uma previsão literal de que a pessoa vai bater as botas? Pois é, na verdade a carta da "Morte" não significa literalmente "morte", mas sim "mudança". Viu só? Se fosse uma coisa boa, não representariam o fenômeno na forma de um esqueleto-zumbi agressivo e armado com uma foice!


Claro, podem existir aspectos positivos na mudança. Você pode ficar um ano mais velho e estar finalmente apto a tirar carteira de motorista. Você pode se mudar para um lugar melhor. Você pode mudar do velho emprego para um melhor, com aumento de salário ou redução de serviço. Mas sempre fica uma névoa de desconforto ao redor, pelo menos por algum tempo. Mudar, mesmo quando para melhor, é ser atirado pra fora da nossa zona de conforto - como o inquilino inadimplente que é despejado na rua e fica com aquela cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

Sabe qual é o grande problema sobre a questão da mudança? É o seguinte: muitas vezes, a gente só se dá conta de que não queria que as coisas mudassem depois que elas já mudaram. Quando estamos no presente, estamos sempre buscando algum tipo de mudança - mudança de emprego, de posição social, de escola, de faculdade, de status de relacionamento, de endereço, de cidade, de país, de sexo, de posição na tabela do Brasileirão etc. 


É só depois do caminhar dos anos - quando olhamos as velhos fotos do presente que virou passado - que suspiramos e nos damos conta de que gostaríamos que tudo tivesse continuado do jeito que era. Mas daí já é tarde, pois já caímos no conto do vigário da insatisfação humana e da natureza essencialmente fluída e transmutante da vida. Eu chamo esse fenômeno de "A Grande Sacanagem Cósmica", mas é um título ainda em desenvolvimento.

De qualquer forma, só o que sei é que um apartamento novo a gente eventualmente coloca em ordem, mesmo que demore alguns meses. Com uma rotina nova é a mesma coisa, a gente acaba se acostumando depois de um tempo. Agora: fazer 30 anos é um troço que não tem volta. É uma mudança com passagem só de ida. Não tem retorno. Como cantarolavam em prosa e verso os musifilósofos do Ratos de Porão na bonita melodia denominada Anarkophobia: "a cura é a sua morte"!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MISFITS com Myke Hideous nos vocais em 1998



Uma história pouca lembrada sobre os Misfits é que, em 1998, o então vocalista Michale Graves saiu da banda por alguns meses, tendo sido substituído por Myke Hideous. Myke não era nem de perto um vocalista tão bom quanto Graves, mas - além de ter um gogó bastante razoável - tinha também um visual apavorante e uma excelente performance de palco. Foi com essa formação que o Misfits passou aqui pelo Brasil em 1998, na tour do álbum American Psycho. Existem diversos vídeos na internet da banda com Myke nos vocais, mas esse aí em cima é um dos melhores em termos de qualidade de imagem e som, e mostra o Misfits tocando dois clássicos antigos da banda - Halloween e Horror Business.

MISFITS no programa Sesiones

Quem gosta de Misfits sabe que a banda, oficialmente, não tem nenhum material ao vivo em vídeo. Por causa disso, a alternativa acaba sendo os muitos vídeos não oficiais (alguns surpreendentemente legais, diga-se de passagem) disponíveis na internet. Mas, provavelmente, o melhor material ao vivo do Misfits que você poderá encontrar em vídeo é a apresentação que a banda fez, há alguns anos atrás, no programa Sesiones con Alejandro Franco.

A íntegra da apresentação está divida nos cinco vídeos abaixo, e conta com nada menos do que 17 músicas, além de uma entrevista com Jerry Only, Robo e Dez Cadena. Sem dúvida, é um material simplesmente imperdível para os fãs da banda punk mais horrorífica de todos os tempos!

Setlist:

Halloween
Earth AD
Horror Business
Hybrid Moments
Some Kinda Hate
I Turned Into a Martian
20 Eyes
Thirsty and Miserable 
(Black Flag cover)
American Psycho
Dig Up Her Bones
The forbidden Zone
Helena
American Nightmare
We Are 138
Twilight Of The Dead
Death Comes Ripping
Die,Die My Darling














quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Kseniya Simonova - Sand Animation



Kseniya Simonova foi a vencedora da edição ucraniana do Got Talent, fazendo uma sequência de ilustrações da invasão alemã ao país durante a Segunda Guerra Mundial, usando apenas os dedos e uma superfície com areia. Impressionante. As pessoas, compreensivelmente, foram às lágrimas ...


Paralamas do Sucesso e Zé Ramalho - Mormaço




Bah, fala sério ... essa música e esse vídeo ficaram do caralho! É, viu só, vocês aí que acham que eu só gosto de black metal escandinavo e power metal finlandês?  =:D

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Marionete Roqueiro (e pegador!)




Esse puppet é totalmente rock n' roll hehehe.    =: D

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SEMANA WOODY ALLEN - Quatro em um!



E aqui vamos nós para mais uma etapa da nossa Semana Woody Allen - que, como vocês já devem ter percebido, já está se estendendo ao longo de duas semanas. Mas aqui na Cripta é assim mesmo, tudo anda em passo de morto-vivo. Ré, ré, ré ... "cripta", "morto-vivo", sacou? É, bom, deixa pra lá!

Dessa vez, nós vamos analisar nada menos do que quatro filmes de Allen numa sentada só. Todos são filmes que ele dirigiu entre o final dos anos 90 e começo dos 2000, uma época na qual o diretor emplacou uma sucessão de fracassos de bilheteria. É claro que isso não quer dizer muita coisa, pois Allen não é um diretor de cinemão comercial, mas a verdade é que vários destes filmes estão longe de figurar entre as melhores obras do diretor.

Sim, nem todo filme dirigido por Woody Allen é uma obra-prima maravilhosa, irretocável e acima de qualquer possibilidade de crítica. Mas é importante ter uma coisa em mente: mesmo os filmes "ruins" do diretor são muito melhores do que a maior parte do cinema hollywoodiano médio, e Allen NUNCA chega a dirigir um filme REALMENTE ruim, o que já o coloca num patamar bem acima do cinemão comercial ao qual estamos todos acostumados, e que - com irritante frequência - produz filmes monstruosamente ruins, verdadeiras bombas, daquelas que fazem a pessoa sair do cinema querendo o dinheiro do ingresso de volta.

Bem, mas vamos aos filmes de Allen! Em ordem cronológica, pra coisa não ficar tão bagunçada.


CELEBRITY, de 1998, gira em torno dos conflitos de meia-idade de um romancista mau sucedido chamado Lee Simon, que se divorcia de sua esposa depois de 16 anos de casamento. O filme acompanha os altos e baixos dos diferentes caminhos que Lee e sua ex-mulher Robin trilham após o fim da relação.

O filme é estrelado por Kenneth Branagh, que é quem encarna o alter-ego de Allen dessa vez. Aliás, Branagh - ao contrário de outros filmes do diretor, nos quais essa transposição é feita de maneira mais sutil - escancara esse fato nesse filme, imitando ostensivamente os maneirismos corporais e vocais de Allen, praticamente como se estivesse interpretando Allen. A crítica foi um pouco dura quanto a isso, mas eu particularmente achei divertido (sou fã de Branagh e ver ele encarnando o típico personagem de Allen me agradou bastante). 

O filme tem um elenco estelar, contando com participações de Winona Ryder, Leonardo DiCaprio, Melanie Griffith, Charlize Theron, Joe Mantegna e Famke Janssen. Isso, no entanto, não salvou o filme de um mau resultado nas bilheterias e de críticas pesadas. Para ser sincero, dos quatro filmes dos quais falarei aqui, esse foi o que eu mais gostei. Ele é levemente decepcionante no final das contas, mas muito divertido no geral. Recomendo.



SMALL TIME CROOKS, lançado em 2000, recebeu críticas melhores e foi um relativo sucesso de bilheteria (foi a melhor bilheteria de Allen nos EUA entre Crimes and Misdemeanors, de 1989, e Match Point, de 2005). Mas, sinceramente, achei o filme bem inferior a Celebrity. Small Time Crooks é uma comédia mais óbvia e direta, que conta a história de um casal de pobretões que resolve abrir uma loja de cookies como fachada para realizar um assalto a um banco que fica no prédio ao lado. No entanto, tudo vira de pernas pro ar quando o casal rapidamente fica milionário em virtude do sucesso dos cookies que vendem.

A premissa do filme é divertida e, para mim, é sempre um prazer ver o Woody Allen ator, do qual gosto tanto quanto do Allen diretor. Mas o filme, a meu ver, perde um pouco o ritmo da metade em diante, e fica devendo um pouco no geral. Ainda assim, os diversos bons momentos cômicos são mais do que suficientes para que o filme seja recomendável.



HOLLYWOOD ENDING, lançado em 2002, foi mais um filme que não deu certo nas bilheterias e que foi espinafrado pela crítica. Infelizmente, é preciso dar o braço a torcer aos críticos, pois - apesar da divertida premissa - o filme padece de alguns defeitos bastante sérios. Ele acaba sendo desnecessariamente longo e carente de objetividade, e tem pelo menos uns 20 minutos (provavelmente mais) de cenas que deveriam ter sido cortadas da edição final, e que contribuem para o filme ficar arrastado e sem ritmo.

Uma pena, pois a história é ótima: Allen interpreta um decadente diretor que, apesar de sua fama de temperamental e pouco confiável, é chamado para dirigir uma grande produção hollywoodiana. Envolto em conflitos artísticos e pessoais, ele simplesmente fica cego de uma hora para a outra às vésperas de começar as filmagens, e precisa encontrar uma forma de levar o projeto adiante sem que ninguém descubra o seu "pequeno" segredo. Apesar do ponto de partida interessante e de uma série de bons e divertidos momentos, o filme se perde num amontoado de cenas desnecessárias e alongadas e num andamento um pouco aborrecido. Mas insisto: é um filme "ruim" para os padrões de Allen, e não para os padrões cinematrográficos atuais. Ou seja, vale à pena conferir, sem pensar duas vezes.



Essa etapa da nossa Semana Woody Allen se encerra com SCOOP, lançado em 2006. Foi o primeiro filme dirigido por Allen depois do grande sucesso de Match Point (um filme que muita gente considera o melhor de toda a vasta filmografia do diretor - e ele mesmo já reconheceu que há bastante fundamento para se pensar dessa forma). Na trama, a sempre deslumbrante Scarlett Johansson intepreta Sondra Pransky, uma estudante americana de jornalismo que vai a um show do mágico Splendini (Allen) e, no meio de um dos truques, acaba fazendo contato com o fantasma de Joe Strombel, um repórter investigativo recentemente falecido e que, no além, conseguiu informações a respeito do Assassino do Tarô, um serial-killer que está aterrorizando Londres.

Scoop tem muitas coisas boas, como diversas boas cenas cômicas (principalmente as que envolvem as aparições de Strombel) e a divertida química de Allen com Johansson. Mas o fato bruto é que o filme, no geral, deixa muito a desejar, e - para os padrões de Allen - é muito, mas muito fraco MESMO! É uma comédia que começa bem, se desenvolve meio sem jeito e caminha previsivelmente para um final constrangedoramente aborrecido. É, meus amigos: quem disse que os gênios também não mijam fora do penico de vez em quando?

É isso por enquanto, corpos e almas! A Semana Woody Allen segue, fiquem de olho.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

SEMANA WOODY ALLEN: Vicky Cristina Barcelona (2008)

Acabei de ver o segundo filme programado para a Semana Woody Allen aqui da Cripta, Vicky Cristina Barcelona, de 2008. Primeira observação: é incrível como o diretor consegue fazer uma comédia romântica sobre relacionamentos cruzados e dúvidas amorosas (um gênero clichê e que gera, todos os anos, uma porção de filmes instantaneamente esquecíveis) e garantir que o resultado seja uma obra tão interessante e com tanta atmosfera.

É claro que, além do roteiro e da direção, o filme é bastante carregado pelo forte elenco. Rebecca Hall, Javier Bardem, Scarlett Johansson, Penélope Cruz ... é REALMENTE difícil dizer quem mais se destaca nesse amontoado de ótimas atuações (embora o transtornado personagem de Cruz seja especialmente impactante). Percebi os questionamentos habituais do diretor em diversos aspectos da trama e das situações enfrentadas pelos personagens, mas me pareceu que esse filme - pelo menos para os padrões de Woody Allen - é mais "light" e despretensioso em termos de conteúdo e provocações suscitadas, confiando mais na narrativa fácil, no carisma dos personagens e na beleza dos cenários. 

Confesso que o filme perde um pouco, em termos de impacto, se assistido pouco depois do ótimo "Midnight in Paris" - mas isso se deve mais pelos méritos excepcionais do mais recente filme de Allen do que em virtude de qualquer crítica que se poderia fazer a Vicky Cristina Barcelona. Ah, um último - e óbvio - comentário: como Scarlett Johansson é gata, meu Deus do céu!
 
Era isso por enquanto. E vamos para o próximo filme!

SEMANA WOODY ALLEN: Meia-noite em Paris (2011)


Começa a Semana Woody Allen aqui na Cripta do Caveira! "Por que", você pergunta? E precisa ter um motivo? Puxa vida, a gente pensa que um cara chamado Caveira poderia fazer o que bem entendesse num blog underground chamado A Cripta do Caveira, ou não?

Mas - a fim de não frustrar os visitantes de perfil mais racionalista - aproveito para esclarecer que um motivo. Um motivo bem simples, aliás. É o seguinte: adoro os filmes dirigidos pelo Woody Allen, mas nos últimos dias fiz algumas contas e percebi que até hoje eu só tinha visto um punhado de filmes dele, o que é particularmente grave quando se leva em consideração que a filmografia do sujeito conta com nada menos do que 41 filmes! 

Para começar a resolver essa incômoda situação, tratei de ir no cinema ver o mais recente filme do meu diretor quatro-olhos favorito, e de quebra aluguei nada menos do que nove filmes dele em DVD, sendo que meu objetivo é ver tudo ao longo desta semana. Claro que, ao final dessa divertida empreitada, ainda estarei longe de ter visto todas as quatro dezenas de filmes dirigidos por Allen - mas pelo menos estarei bem melhor encaminhado em termos de conhecimento da obra do cara.


Bom, vamos começar então pelo primeiro filme da Maratona: o novo e aclamado Midnight in Paris (Meia-noite em Paris), lançado este ano. O filme já se tornou o maior sucesso comercial de Allen em todos os tempos, e um de seus filmes mais elogiados em vários anos. Não é meu objetivo aqui fazer uma resenha formal do filme - e muito menos soltar spoilers para estragar as surpresas de quem ainda não viu o filme. O negócio é muito simples: o filme é imperdível e OBRIGATÓRIO. Se você ainda não viu, vá vê-lo imediatamente. De todos os filmes de Allen que vi até hoje, com certeza eu colocaria este entre os meus favoritos. 

Sobre a trama e o seu desenrolar, a única coisa que vou comentar é que eu adorei a forma como o protagonista (embora termine sendo obrigado a reconhecer que um dos antagonistas da trama - um pseudo-intelectual verborrágico e pedante - tinha razão sob certos aspectos) consegue reencontrar seu caminho através da mesma abordagem romântica que o motivou durante toda a história, sem cair no cinismo burocrático do aborrecido antagonista. Eu sei que quem não viu o filme não vai entender nada do que estou dizendo, mas isso é ótimo, pois o meu objetivo com essa breve não-resenha é exatamente esse: vá ver o filme, criatura!


O Mestre do Yo-Yo





Tipo ... esse cara definitivamente não é normal. Ele é o mestre do Yo-Yo. Na verdade, ele é praticamente um Darth Maul do Yo-Yo. Para ser sincero, acho que ele poderia matar alguém apenas usando um Yo-Yo. O pior de tudo é lembrar como eu sempre fui ruim em termos de Yo-Yo. Eu mal conseguia fazer o Yo-Yo descer e subir de volta. Mas o pior de tudo é que, depois de ter escrito Yo-Yo duzentas vezes nesse parágrafo, não consigo mais parar de escrever Yo-Yo. Yo-Yo, Yo-Yo, Yo-Yo ... ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Review: DYLAN DOG - DEAD OF NIGHT

 
Posterguei até onde foi possível, mas hoje tomei coragem. Acabo de ver DYLAN DOG - DEAD OF NIGHT, filme lançado em abril deste ano e baseado na clássica HQ italiana de terror Dylan Dog, criada nos anos 80. Muita gente - eu incluso - não levava fé que a adaptação cinematográfica teria sucesso em adaptar a atmosfera dos quadrinhos, o carisma do personagem e o universo das histórias. E, infelizmente, estávamos certos quanto a tudo isso.

Dylan Dog - Dead of Night não chega a ser a pior coisa do mundo. Brandon Routh e Sam Huntington estão divertidos em seus papéis, e o filme até que chega a ser um pouco divertido na maior parte do tempo. Os problemas que arruínam o filme podem ser resumidos em dois pontos. Primeiro: é um filme clichê, banal e derivativo, sem nenhuma imaginação, originalidade ou ousadia. Em termos de roteiro, efeitos especiais e diálogos, o filme mais parece um episódio de Buffy - A Caça Vampiros ou coisa que o valha.

O segundo problema, no entanto, é o mais grave. Trata-se do seguinte: esse filme poderia ter qualquer outro nome, estrelado por qualquer outro personagem anônimo, e nada disso faria qualquer diferença para a trama. A mitologia e a atmosfera dos quadrinhos de Dylan Dog é ignorada quase que por completo (uns poucos detalhes, como o figurino, são observados), descaracterizando o personagem principal, os coadjuvantes e o próprio universo deles. 


É uma coisa que eu não consigo entender: por que gastar uma fortuna em licenciamento para fazer um filme que ostenta o nome de um personagem famoso, se é para ignorar completamente o material original e fugir da fonte como o diabo da cruz? Ora, se era para fazer um filme de horror/aventura/ação genérico, poderiam ter chamado o protagonista - e o próprio filme - de qualquer outra coisa. "Doutor Mistério e a Batalha dos Mortos-Vivos", "Fulano Beltrano & Os Monstros", "Deu a Louca no Além", "Alberto Roberto e as Criaturas da Noite" ... qualquer um destes títulos define o filme tão bem (ou até melhor) do que "Dylan Dog - Dead of Night".

Fica a pergunta: por que não respeitar o universo do material original? Por que transformar Dylan (originalmente um detetive de casos que envolvem o sobrenatural) num "mediador" de vampiros e lobisomens? Por que dar chá de sumiço no Groucho, o alívio cômico das histórias em quadrinhos, substituindo ele por um personagem mil vezes mais bobo e inverossímil? Por que deixar de fora o Doutor Xabaras, o maior inimigo de Dylan, e colocar no lugar dele uns vilões sem qualquer personalidade? É, meu amigo: não dá pra entender. Depois o filme naufraga nas bilheterias e os imbecis não sabem por quê!

E Dylan Dog - Dead of Night naufragou mesmo, e fundo! Com um custo de produção de 20 milhões de dólares, o filme arrecadou apenas 4.6 milhões em todo o mundo (nos Estados Unidos, foi um mísero 1.2 milhão!) e já se firmou como um dos maiores fracassos de bilheteria de 2011. A crítica não ficou atrás, e no famoso agregador de reviews Rotten Tomatoes o filme ostenta a impressionante avaliação de 3%, o que é uma façanha digna de um Uwe Ball da vida!


Outra coisa que irrita nesse filme é a tara que os produtores demonstram em colocar o protagonista para apanhar. Perdi a conta de quantos socos absurdamente fortes Dylan leva ao longo do filme, apenas pelo fetiche de mostrar ele sendo arremessado cada vez mais longe a cada soco tomado. Aparentemente, o pessoal não sabia bem se queriam fazer um filme de horror ou de ação na linha Duro de Matar ou coisa que o valha. Também não é dada nenhuma explicação sobre como Dylan - que é um ser humano normal - consegue apanhar mais do que o Rocky Balboa ao longo da trama sem, no entanto, quebrar nenhum osso nem tampouco ostentar ferimentos dignos de nota.


Enfim, para os fãs de horror, Dylan Dog - Dead of Night merece uma conferida, nem que seja apenas para um rápido entretenimento e para testemunhar como o sonho de ver as HQs traduzidas para o cinema continua sendo apenas um sonho. Resta torcer para que a carreira de Brandon Routh (que fez bonito em Superman Returns) consiga sobreviver a este desastre. Se você não é fã do gênero e não tem uma paciência mais desenvolvida para aturar mais uma dose de vampiros e lobisomens de qualidade questionável, nem chegue perto desse filme!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vale à pena ver de novo: Hawai 5-0!

A maravilhosa abertura original do seriado Hawai Five-O, que foi ao ar de 1968 a 1980. 



E a choramingante abertura da nova série Hawai Five-0, que estreiou em 2010, cheia de referências à abertura original!


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Depeche Mode - BLACK CELEBRATION




Let's have a black celebration
Black Celebration
Tonight

To celebrate the fact
That we've seen the back
Of another black day

I look to you
How you carry on
When all hope is gone
Can't you see

Your optimistic eyes
Seem like paradise
To someone like
Me

I want to take you
In my arms
Forgetting all I couldn't do today

Black Celebration
Black Celebration
Tonight

To celebrate the fact
That we've seen the back
Of another black day

I look to you
And your strong belief
Me, I want relief
Tonight

Consolation
I want so much
Want to feel your touch
Tonight

Take me in your arms
Forgetting all you couldn't do today

Black Celebration
I'll drink to that
Black Celebration
Tonight

Review: TRANSFORMERS - DARK OF THE MOON

 
No meio desta inegável crise criativa na qual Hollywood está mergulhada já há vários anos, alguns críticos (tanto entre a chamada "mídia especializada" quanto entre a massa dos fãs amadores na internet) simplesmente desistiram de analisar cada caso em separado e já se habituaram a torpedear todos os blockbusters que são lançados desde o primeiro segundo em que surgem, partindo do pressuposto de que não é possível errar o alvo porque todo o cinemão americano atual seria uma porcaria homogênea.

Essa mania fica ainda mais saliente quando envolve no meio o nome de Michael Bay. A crítica "especializada" gosta de crucificar o diretor por causa dos péssimos Armageddon (1998) e Pearl Harbor (2001), aparentemente esquecendo-se de que ele também é o diretor do ótimo The Rock (1996, que é um dos melhores filmes de ação da década de 90), do ótimo The Island (2005), dos bem sucedidos Bad Boys (1995) e Bad Boys II (2003) e do excelente primeiro filme dos Transformers (2007).  


Transformers - Dark of the Moon, o recém-lançado terceiro filme dos heróis robóticos que estouraram nos anos 80, é a mais nova vítima desse vício. Quem vê o filme sendo espinafrado pela crítica é levado a crer que se trata de mais uma continuação dispensável e aborrecida, a exemplo de Transformers - Revenge of the Fallen, de 2009. Ledo engano! Dark of the Moon é imensamente superior ao filme anterior e - tirando o aspecto da originalidade - pode ser considerado o melhor dos três filmes dos Transformers dirigidos por Michael Bay.


As críticas negativas feitas ao filme estão errando - e muito - o alvo. Falam em "roteiro fraco", como se alguém fosse ter qualquer expectativa de uma história belíssima e profunda protagonizada por soldados robôs alienígenas que se transformam em veículos! Falam em "personagens superficiais", como se os dispensáveis personagens humanos não estivessem no filme apenas para servirem como referenciais para o espectador em meio à batalha travada pelos Transformers, os verdadeiros protagonistas do filme. Falam em "diálogos ruins", como se alguém fosse fazer um filme de guerreiros robôs gigantes para mostrá-los em meio a divagações poéticas e filosóficas, e não explodindo coisas e se arrebentando em meio a lutas homéricas!


Dark of the Moon é inegavelmente fraco em todos aqueles aspectos dos quais nenhuma pessoa em sã consciência exigiria nada de uma película do gênero, e extremamente bem executado e eficiente em tudo aquilo que se espera desse tipo de filme - o que não se pode dizer do anterior. Mais: é o episódio mais corajoso da trilogia, deixando de lado o apelo ao público infanto-juvenil para mostrar diversas cenas de violência muito bem feitas. Enquanto que o começo do filme tem aquele mesmo tom dos dois anteriores, a parte final de Dark of the Moon mais parece uma mistura de Guerra dos Mundos com Exterminador do Futuro. O filme é claramente mais ambicioso do que os anteriores, e é impossível não se divertir em meio à amplitude do caos exibido na tela.

Para completar, o filme acerta nos seus diversos momentos de humor, e ainda presta uma série de homenagens aos fãs de Jornada nas Estrelas (e, além disso, Leonard Nimoy - o eterno Spock - faz a voz do personagem Sentinel Prime). A pouca narrativa desenvolvida pelo filme também acerta em cheio ao mesclar a ficção com elementos reais da história da exploração espacial do século XX - e a rápida participação especial do célebre astronauta Buzz Aldrin é memorável.

Enfim, se o assunto é Dark of the Moon, convém não dar créditos para a mídia "especializada". Se você ainda espera por um filme dos Transformers regado a diálogos ricos, personagens complexos e narrativa densa e inteligente, sugiro esperar sentado pelo improvável dia em que tal coisa irá aparecer. Mas para quem gosta de Optimus Prime, Megatron & Cia e quer curtir duas horas de diversão no melhor estilo videogame, esse novo filme não poderia ser mais recomendável. Não deixe de ver - e em 3D!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Rap da Chevy



Que Eminem que nada! Rapper foda mesmo é o NEGO SCHNEIDER hehehe!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Laura Branigan - "Self Control"

Olá, amiguinhos, estou de volta! Como vocês já devem saber, meu nome é Don Johnson e eu sou o Assessor da Cripta do Caveira para Assuntos Oitentistas! Hoje, nós vamos nos divertir com mais uma pérola da música pop da Década Mágica. Estão preparados? Então abram bem seus corações, deixem o feeling tomar conta do ambiente e ... let's get back to the 80s!

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LAURA BRANIGAN - SELF CONTROL

Oh, the night is my world
City light painted girl
In the day nothing matters
It's the night time that flatters
In the night, no control
Through the wall something's breaking
Wearing white as you're walkin'
Down the street of my soul

You take my self, you take my self control
You got me livin' only for the night
Before the morning comes, the story's told
You take my self, you take my self control

Another night, another day goes by
I never stop myself to wonder why
You help me to forget to play my role
You take my self, you take my self control

I, I live among the creatures of the night
I haven't got the will to try and fight
Against a new tomorrow, so I guess I'll just believe it
That tomorrow never comes

A safe night, I'm living in the forest of my dream
I know the night is not as it would seem
I must believe in something, so I'll make myself believe it
That this night will never go

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh
Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh

Oh, the night is my world
City light painted girl
In the day nothing matters
It's the night time that flatters

I, I live among the creatures of the night
I haven't got the will to try and fight
Against a new tomorrow, so I guess I'll just believe it
That tomorrow never knows

A safe night, I'm living in the forest of a dream
I know the night is not as it would seem
I must believe in something, so I'll make myself believe it
That this night will never go

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh-oh-oh
You take my self, you take my self control
You take my self, you take my self control
You take my self, you take my self control ...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

The Jet Black Berries - LOVE UNDER WILL




Maravilhosa sonzêra, direto da trilha do "crássico" Return of the Living Dead (1985).



Yes I have my will
No fatal trespasses for me
The tree still bears a fruit of gold
It's there for the taking
Oh I rant and rave
Until I have no sense of time
Image of the future's
Just an image in your mind
Love under will
Love under will

I don't try to set myself
At odds with my own creed
To live, to work, to dwell and love
Where and who I please
Shining like the stars
Ripe like the grapes upon the vine
I will make integrity
Complete with heart and mind
Love under will
Love under will

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pearl Jam - PUSH ME, PULL ME




I had a false belief
I thought I came here to stay
We're all just visiting
All just breaking like waves
The oceans made me, but who came up with love?
Push me, pull me, push me, or pull me out

Push me, pull me

So if there were no angels, would there be no sin?
You better stop me before I begin
But let me say: if I behave, can you arrange a spacious hole in
the ground
Somewhere nice, make it nice
Where the land meets high tide

Push me, pull me

Like a cloud dropping rain
I'm discarding all thought
I'll dry up, leaving puddles on the ground
I'm like an opening band for the sun

Push me, pull me

Alice Cooper - CLONES (WE'RE ALL)





I'm a clone
I know it and I'm fine
I'm one and more are on the way
I'm two, doctor
Three's on the line
He'll take incubation another day

I'm all alone, so are we all
We're all clones
All are one and one are all
All are one and one are all

We destroyed the government
We're destroying time
No more problems on the way

I'm through doctor
We don't need your kind
The other ones
Ugly ones
Stupid boys
Wrong ones

I'm all alone, so are we all
We're all clones
All are one and one are all
All are one and one are all

Six is having problems
Adjusting to his clone status
Have to put him on a shelf
"Please don't put me on a shelf"
All day long we hear him crying so loud
I just wanna be myself
I just wanna be myself
I just wanna be myself
Be myself
Be myself

I'm all alone, so are we all
We destroyed the government
We're destroying time
No more problems on the way

I'm through doctor
We don't need your kind
The other ones
Ugly ones
Stupid boys
Wrong ones

I'm all alone, so are we all
We're all clones
All are one and one are all
All are one and one are all
I'm all alone, so are we all
We're all clones
All are one and one are all
All are one and one are all

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Resenha: show do ALICE COOPER em Porto Alegre - 31/05/2011


Há pouco mais de duas horas, voltei do show do Alice Cooper em Porto Alegre. Acreditem: é difícil descrever em palavras o quanto o show foi bom, mas prometo que farei o melhor que eu puder, sem me alongar muito.

A primeira coisa que chama a atenção é que o show do velho Cooper é realmente um SHOW, não uma mera apresentação musical. A produção, a teatralidade, as trocas de figurino de Cooper, a "decapitação" dele no palco ... é um verdadeiro ROCK HORROR SHOW. Para quem ama tanto rock quanto arte de horror (como é o caso do autor dessas linhas), o show de Alice Cooper é mais ou menos como ser teletransportado para o Paraíso.


Muita gente vai dizer que Cooper está "incrivelmente bem para os seus 63 anos". Não é verdade: ele está incrivelmente bem mesmo para os padrões de um homem de 30 anos. A voz dele não piorou NADA com a idade, não ficou nem 1/2 tom mais limitada e não perdeu 1% de sua potência. Estou falando sério, é INCRÍVEL mesmo. A mídia gosta de citar Ozzy ou os Rolling Stones como exemplos de roqueiros velhos com vitalidade, mas podem acreditar: o Alice Cooper faz essa gente toda parecer jogadores de dominó num lar da terceira idade. Tanto em termos de voz como de performance de palco, Cooper está tão perfeito quanto sempre foi. Não existe nada, absolutamente nada que denuncie a sua idade além das óbvias e inevitáveis rugas no rosto. 


Performance nota 10, show e produção nota 10 ... faltava um bom setlist, não é? E Cooper acertou de novo, apresentando um repertório digno de levar os fãs a óbito por ataque cardíaco. Teve I'm Eighteen, Billion Dollar Babies, No More Mr. Nice Guy, Poison, Hey Stoopid (uma surpresa surgida no show em Buenos Aires, o último antes deste em Porto Alegre. Alice não tocava essa música ao vivo desde 1997!), Feed my Frankenstein (com direito a um monstro no palco), Cold Ethyl (com Alice dançando com uma boneca e atirando ela para tudo o que é lado), Elected (com Alice segurando a bandeira do Brasil e com uma camiseta estilizada da seleção brasileira) e uma apoteótica School's Out com um pedaço de Another Brick in the Wall 2 (do Pink Floyd) no meio. Sério, nem sei como sobrevivi!


A execução de Clones (do álbum Flush the Fashion, de 1980) foi uma incrível e arrebatadora surpresa. A versão original de estúdio é muito legal, mas a leitura ao vivo que a banda está fazendo nessa tour se converteu simplesmente num dos pontos altos do show, e é capaz de emocionar até um saco de legumes e vegetais. Era uma música que nunca tinha me chamado a atenção, mas durante sua execução no show eu achei que meu coração iria ser cuspido pela boca em direção ao palco. Quer dizer: até nas músicas menos óbvias o setlist lavou a alma dos presentes. Realmente uma covardia de tão bom. Podiam ter cobrado ingresso de novo, na hora da saída, que eu teria pago com um sorriso no rosto.


A banda de Alice também é um show à parte, composta por instrumentistas da melhor qualidade que não deixam a peteca cair nem por um segundo, segurando o show até no inevitável intervalo que o vocalista faz no meio da apresentação, quando se ausenta do palco por alguns minutos.

Apesar da ótima estrutura do Pepsi on Stage, é impossível não lamentar o público relativamente pequeno que se fez presente, que correspondeu a 1/3 (talvez 1/4) do que o lugar comportaria. Eu sei que era noite de terça-feira, que todo mundo trabalha no outro dia e que Alice Cooper não desfruta do sucesso comercial e apelo midiático que tinha em outras épocas, mas ainda assim o público ficou abaixo do que eu esperava e muito aquém do que essa maravilhosa turnê de Alice merece. A meu ver, o público reduzido foi também uma decorrência da fraquíssima divulgação do show. É claro que, para quem estava presente, a falta do empurra-empurra foi ótima e possibilitou uma maior proximidade do palco (eu, particularmente, jamais poderia sequer sonhar que um dia veria Alice Cooper ao vivo tão de perto). Mas, de qualquer forma, um show dessa qualidade - e de um artista com uma carreira tão longa e sólida - merecia um público bem maior.


Bem, eu fiz o que eu pude, mas tenha certeza: não dá pra "explicar" o que é ver um show dessa turnê de Alice. Talvez um eventual lançamento de um DVD oficial da tour ajude a ter uma ideia, mas é preciso conferir ao vivo para entender de verdade. É uma experiência de lavar a alma, mais revigorante do que água no deserto e mais terapêutica do que um mês de férias na praia. Os outros vovôs do rock que andam por aí que me desculpem, mas se eles cruzarem com o Alice Cooper na rua, eu sugiro que atravessem pro outro lado - a velha e querida Tia Alice bota todos num saco, atropela e depois larga num asilo.


Setlist (se não me engano, foi idêntico ao show de Buenos Aires)


1  - Vincent Price intro
2  - The Black Widow
3  - Brutal Planet
4  - I'm Eighteen
5  - Under My Wheels
6  - Billion Dollar Babies
7  - No More Mr. Nice Guy
8  - Hey Stoopid
9  - Is It My Body
10 - Halo of Flies
11 - I'll Bite Your Face Off (música nova)
12 - Muscle of Love
13 - Only Women Bleed
14 - Cold Ethyl
15 - Feed My Frankenstein
16 - Clones (We're All)
17 - Poison
18 - Wicked Young Man
19 - Killer (parte)
20 - I Love the Dead
21 - School's Out (com trecho de "Another Brick In The Wall part 2")
22 - Elected
23 - Fire (Jimi Hendrix cover)