quinta-feira, 31 de julho de 2008

Rambo - a série em revista!



Bom, eu acho que sou o único "filhote dos anos 80" que, até poucos dias atrás, NUNCA tinha visto NENHUM filme do RAMBO - o herói de ação oitentista por excelência.

Para compensar esse grave desvio de formação cultural, no último fim de semana eu e a Suzy fizemos uma verdadeira loucura: assistimos a todos os QUATRO filmes da série Rambo em dois dias (três deles em sequência!).

E vamos às conclusões!!!


FIRST BLOOD (hoje chamado informalmente de "Rambo") - 1982

SINOPSE: John Rambo - um ex-combatente da Guerra do Vietnã, extremamente habilidoso - é um andarilho que está de passagem por uma pequena cidade do interior dos EUA. Seu visual desagrada o chefe de polícia local, um barrigudo murrinha que começa a implicar com o forasteiro até o ponto de injustamente prendê-lo, iniciando uma imprevisível guerra contra um "vagabundo" que os fatos irão mostrar que vale por um exército.
COMENTÁRIOS: Eu já tinha visto pedaços deste filme na TV e nunca entendia porque o Rambo estava numa cidade matando policiais. Bom, agora eu entendi. Aprendi bastante sobre esse filme nos extras contidos no DVD, e ele não era nada do que eu pensava quando via cenas esparsas na TV. Não se trata de um filme de guerra propriamente dito, mas sim a história de um ex-veterano do Vietnam e as consequências psicológicas que a guerra lhe deixou. É baseado num livro de mesmo nome.

É um filme com boa dose de ação, sem dúvida, e tem várias boas cenas, mas rola mais destruição de patrimônio do que mortes propriamente ditas (pelos meus cálculos, morre uma única pessoa no filme todo). É interessante, diferente e - embora essencialmente uma película de ação - é certamente o exemplar mais inteligente da série. Surpreendentemente bom. Observo, ainda, que a obra tem o mérito de ser provavelmente o primeiro filme a tratar (ainda que superficialmente) do que viria a ser chamado de Síndrome de Stress Pós-Traumático, uma doença que só veio a ganhar notoriedade nos anos 90, após o fim da primeira Guerra do Golfo.

CONTAGEM DE CORPOS: uma única pessoa morre nesse filme, indiretamente por culpa do Rambo, mas diretamente por conta de sua própria imprudência e loucura.


RAMBO - FIRST BLOOD PART II (conhecido por aqui como "Rambo II - A Missão") - 1985

SINOPSE: Rambo está quebrando rochas na prisão, depois dos fatos do primeiro filme. O Coronel Trautman vai visitá-lo e lhe oferece uma missão no interior das florestas vietnamitas. O Congresso americando desconfia da existência de prisioneiros de guerra remanescentes do conflito no Vietnã, e Rambo será enviado numa missão de um homem só para documentar a existência ou não de reféns. Mas é claro que o virtuoso Rambo não se contentará em ser um mero fotógrafo do sofrimento alheio, e além disso ele descobrirá que nem todo mundo no Exército está interessado em ver a verdade revelada. Mas chega de trololó porque tá na hora de bala comer!

COMENTÁRIOS: O pano de fundo literário do primeiro filme foi pro espaço, "First Blood" virou um mero subtítulo e o Rambo foi transformado em algo análogo a um super-herói de história em quadrinhos. O resultado é um dos melhores filmes de ação dos anos 80, talvez o melhor. Esse é o filme que efetivamente cria o Rambo como ícone da cultura popular, com o cabelo levemente comprido, bandana vermelha na cabeça, sem camisa e lança-mísseis em punho.


O filme é irretocável: tem um enredo amarradinho, excelente andamento e direção, muito clima e uma porção de cenas de ação sensacionais, com a forçação de barra elevada à enésima potência e o couro comendo solto. Tem Rambo saltando de cachoeira, detonando um helicóptero com uma bazuca, dizimando uma base inimiga no comando de outro helicóptero, se embrenhando em florestas, emboscando inimigos na selva e por aí vai. Chega mesmo a ser difícil pensar em outro filme do gênero tão bem realizado quanto este.

Exceto para quem eventualmente odeie filmes de ação, esse aqui é imperdível.

CONTAGEM DE CORPOS: 69 mortos, 58 pelo Rambo em pessoa.



RAMBO III - 1988

SINOPSE: Rambo exilou-se num mosteiro budista na Tailândia. Para variar, seu sossego é interrompido pelo Coronel Trautman, que lhe oferece uma nova missão no Afeganistão invadido pelas tropas soviéticas. Rambo recusa a missão, dizendo que não aguenta mais guerras, e então seu amigo Trautman vai pessoalmente pro Afeganistão e, é claro, termina capturado pelos soviéticos. Ao saber que seu Coronel queridão é refém, Rambo abandona os budistas e vai pro Afeganistão, onde se unirá aos guerrilheiros Mujahideen e promoverá uma guerra particular para salvar Trautman.


COMENTÁRIOS: Em termos de nomes, essa deve ser a sequência de filmes mais irregular de todos os tempos! "Rambo III"? Não deveria ser "Rambo II"? Ou "First Blood Part III"? Ou, pra ser super formalista, "Rambo II - First Blood Part III"? Bom, mas é o terceiro filme da série e então a gente dá um desconto.

Bom, em primeiro lugar, vamos falar um pouco do roteiro desse filme. Sem rodeios, é uma porcaria. Basicamente, repetiram a história do segundo filme, colocando o Coronel Trautman no lugar dos reféns americanos e o deserto do Afeganistão no lugar das florestas vietnamitas.

Enfim, é só uma desculpa para vermos o personagem novamente metralhando meio mundo, explodindo instalações inimigas e empilhando cadáveres. E, nestes quesitos, o filme funciona muito bem, sendo amplamente considerado na época como o filme mais violento já feito. Não tem o clima, o charme e a profusão de grandes momentos que se vê em Rambo II, mas no geral é um bom filme de ação. O destaque vai para a excelente fotografia do filme, cheia de ótimas tomadas cenográficas de desertos e montanhas, bem como para o relacionamento do protagonista com o povo afegão, ao qual os créditos finais dedicam o filme.


CURIOSIDADE HISTÓRICA: Rambo III se tornou um filme meio que "evitado" depois dos atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA, pois parte daqueles Mujahideen anti-soviétivos que eram amigões do Rambo no filme (e aplaudidos nos anos 80 por pessoas como o ex-presidente americano Ronald Reagan) se converteram, na vida real, em alguns dos terroristas anti-EUA mais procurados do mundo, incluindo o próprio Osama Bin Laden em pessoa, que lutou contra a invasão soviética no Afeganistão nos anos 80.Não custa lembrar que os próprios americanos vieram a invadir o Afeganistão em 2002, sendo apoiados por parte dos afegãos e combatidos pelos fiéis ao regime Talibã.

Mas, enfim, são ironias da Históra e evidentemente não cabe fazer críticas deste quilate em cima de um filme "raso" de ação que não tem outra pretensão senão mostrar um monte de explosões, rajadas de metralhadoras, helicópteros e gente levando tiro. Além disso, nem todo Mujahideen afegão se tornou inimigo dos EUA, basta lembrar de um dos mais famosos, o lendário herói nacional do Afeganistão Ahmad Shah Massoud.

CONTAGEM DE CORPOS: 132 mortos, 78 pelo Rambo.


RAMBO (chamado por aqui de Rambo IV) - 2008

SINOPSE: Vinte anos se passaram e Rambo está vivendo isolado na Tailândia, como um verdadeiro eremita, quase virado num índio do Pantanal. Um grupo de missionários busca a ajuda dele para que os leve de barco rio acima até a fronteira do país vizinho, Myanmar (chamado no filme ainda pelo nome antigo e hoje não mais reconhecido, "Burma", "Birmânia" em português). Os missionários querem levar atendimento médico, remédios e apoio espiritual para os camponeses do país, vítimas de perseguição e limpeza étnica por parte do autoritário e violentíssimo governo militar do país. Rambo, sempre de saco cheio de guerras, recusa a ajuda. Duas semanas depois, é procurado por uma padre que o informa que os missionários não retornaram de Myanmar. Ou seja, para que fique bem claro, eles viraram REFÉNS APRISIONADOS NA SELVA. Como se sabe, Rambo sempre se converte em uma máquina de matar no instante em que ouve a palavra REFÉNS. Rambo é solicitado apenas para levar rio acima um grupo de mercenários contratados para resgatar os missionários. Mas, como se sabe, Rambo só obedece ordens se elas forem proferidas pelo Coronel Trautman, e ele não está no filme dessa vez.

Enfim, Rambo se atravessa no trabalho dos mercenários, se mostra mil vezes mais eficiente do que todos eles somados, resgata os missionários e transforma um terço do exército de Myanmar em lasanha.


COMENTÁRIOS: "Rambo"?? Como assim, "Rambo"? "Rambo" não é o nome oficial do segundo filme e o nome extra-oficial do primeiro? Como é que o QUARTO filme da série pode se chamar "Rambo" de novo? Isso é uma continuação ou um remake? Puta que o pariu, tchê, mas que CONFUSÃO! Olha que coisa absurda essa sequência de filmes:

1 - First Blood
2 - Rambo - First Blood Part II
3 - Rambo III
4 - Rambo

Dá pra entender uma coisa dessas? Até se entende o nome "Rambo III", era meio impróprio mas vá lá, era mesmo o terceiro filme da série. Mas o mínimo que podiam ter feito era manter essa mesma linha de raciocínio e batizar o quarto filme de "Rambo IV", e não de "Rambo"!

Olha que coisa ridícula: agora, se alguém fala "eu vi Rambo", ele pode estar se referindo ao primeiro filme, ao segundo filme ou ao quarto filme! O primeiro é tradicionalmente chamado Rambo e o segundo e o quarto filmes são OFICIALMENTE chamados "Rambo".

Ahhhh, que estupidez! Dá vontade de pegar esses caras e RATÁTÁTÁTÁTÁTÁ!!!!!


Bom, mas vamos à análise do filme.

Roteiro: não tem. Sério, dessa vez fizeram um Rambo sem roteiro at all. O Stallone simplesmente queria mostrar o Rambo metendo bala nos milicos de Myanmar e, na falta de um motivo, meteu uns reféns no meio da selva DE NOVO! Tipo assim, uma coisa INÉDITA na série, entende? Como não existe nenhum refém americano em Myanmar e o Coronel Trautman estava véio demais pra mais um filme, atocharam um grupinho estúpido de missionários.


O roteiro do filme não vale nada e os diálogos são abomináveis, mas felizmente são bem escassos. Ah, isso quer dizer que o filme é ruim? Não, porque ele tem duas qualidades. Primeiro: a absoluta falta de história é compensada por um bocado de CONTEXTO. A idéia de colocar Rambo em meio a um problema de geopolítica real enche o filme de estofo moral e heroísmo, fazendo o espectador torcer loucamente pelo acéfalo protagonista. Tanto isso é verdade que esse filme virou uma verdadeira bandeira entre os rebeldes do oprimido povo Karen de Myanmar, que adotaram até o bordão de Rambo no filme - "live for nothing, die for something" - que aliás é disparado a melhor fala do filme inteiro.

Segundo: o filme não é exatamente rico em cenas de AÇÃO, mas compensa com uma quantidade alucinante de cenas de VIOLÊNCIA e tiroteio. Não se vê Stallone fazendo tantas loucuras como fazia em Rambo II - A Missão. Mas, em termos de tiroteio e violência plástica, esse é de longe o Rambo mais sanguinolento de todos. E não é só isso: este é provavelmente o FILME mais violento de todos os tempos! Dificilmente você verá maior quantidade de pessoas explodindo, membros voando pelos ares, camponeses sendo fuzilados, cabeças sendo abertas à bala e sangue jorrando do que neste filme. Não é só "violento", é um ABSURDO mesmo. Mais sangue do que isso, só filmando o interior de uma artéria. A quantidade de gente morta nesse filme é uma coisa de louco, bota a carreira inteira do Jason de Sexta-Feira 13 no chinelo.


Portanto, o filme é salvo pelo contexto da trama, que mistura muitos elementos de realidade, mais ou menos como Rambo III, bem como pela surpreendente boa forma de Stallone (incorporando Rambo novamente, do alto de seus inacreditáveis SESSENTA ANOS de idade!) e, principalmente, pela insuperável e impressionante violência visual.

Enfim, "Rambo IV" é um "comeback" direto, objetivo e realmente impressionante, no final das contas.

Mas é claro que, como todo mundo notou, nesse último filme o Rambo nunca tira a camisa. Ou ele perdeu o gosto por andar semi-nu, ou é o Stallone que não tá mais em idade de sair de peitinhos de fora pelo mato.

CONTAGEM DE CORPOS: 236 mortos (sim, é isso aí mesmo, DUZENTOS E TRINTA E SEIS MORTOS!!!), 83 deles mortos pelo Rambo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

WinVice - relembrando o COMMODORE 64

Acabo de me divertir um pouco com o WinVice, um emulador de Commodore 64 para PC. O Commodore 64 foi o home computer mais popular dos EUA nos anos 80, sendo que até hoje é o microcomputador mais vendido de todos os tempos (sem contar o padrão IBM-PC, é óbvio). Aqui no Brasil o padrão praticamente não existiu, mas mesmo assim vale muito à pena emular esse sistema para quem é fã de games antigos. O motivo é simples: quase tudo o que era jogo, ao longo dos anos 80 e comecinho dos 90, teve alguma versão para Commodore 64.

Robocop no C64: muito parecido com o clássico do Spectrum, mas com mais cores.


O legal do Commodore 64 eram as cores e o som. As boas trilhas sonoras de games do C64 soam como sintetizadores de músicos dos anos 80, é bem o tipo de som que parecia o máximo na época. A sonoridade é arrepiante, nostalgia pura. A maquininha era muito boa pra isso! As cores matavam a pau também. Quase não se vê no C64 aqueles games monocromáticos ou com duas ou três cores, tão comuns no Spectrum (outro micrinho da mesma época, e que eu sou fã).

O "fraco" do C64 era a resolução gráfica baixa, que ficava bem atrás do que se via em máquinas como o MSX.

Back to the Future II: bonitinho, mas a jogabilidade é de cortar os pulsos!

Eu cheguei a testar outros emuladores, como o Hoxs 64, mas nenhum funciona tão bem e é tão amigável quanto o WinVice. Até me provarem o contrário, é o melhor emulador de Commodore 64. E o melhor: dá pra desativar a reprodução fiel do drive de disquete, evitando aqueles loadings infernais - que chegavam a minutos - nos C64 reais.

Enfim, é como ter um saudoso C64 à disposição - e com menos loadings e todos os games à disposição!
After the War: outro game que eu adoro desde a infância nas versões Spectrum e MSX. No C64, o jogo é colorido e tem uma jogabilidade mais dinâmica, mas os personagens têm visual mais "quadradão".

Superman: um joguinho bem legal do C64 , que alterna diferentes tipos de fases (shoot'em up, shooter lateral, etc).

Superman tem a história contada num visual de HQs entre uma fase e outra ...

Uma fase de ação lateral do Superman.

Graças à possibilidade de desativar a função "True Drive Emulation", esses loadings só duram uns três segundos (durariam quase um minuto - eventualmente mais - num Commodore 64 de verdade ...).

Ah, e por fim é importante ter à mão o melhor site sobre games de C64 na Internet: http://www.lemon64.com/

quinta-feira, 24 de julho de 2008

WALL-E

Não vejo a hora de Wall-E sair em DVD! Vou comprá-lo na edição mais cara e com mais extras que estiver disponível. Esse é o melhor longa de animação que eu já vi na minha vida. E os dois protagonistas - os robozinhos Wall-e e Eve - são simplesmente as criaturas da ficção científica mais carismáticas que a minha geração viu surgir desde o R2-D2 e o ET, no final dos anos 70 e começo dos 80.

A história do filme é legalzinha, contendo inclusive uma mensagem moral "light" diluída no pano de fundo da trama. A parte técnica também é um assombro, mostrando o quão poderosa é a computação gráfica de hoje em dia. Mas tudo isso é nada comparado com a interação maravilhosa entre os dois personagens centrais, que a meu ver merecem desde já constar em qualquer futura lista de melhores casais da história do cinema.


As cenas de Wall-e com Eve são românticas, meigas e envolventes de uma maneira até então inédita na história de animações. Se toda uma geração achou choramingante a interação da pequena Drew Barrymore - uma criança de verdade - com o boneco do ET, o que dizer então de uma "química" entre duas criaturas que não existem, trazidas à vida unicamente pela computação gráfica? Uma coisa é fazer as pessoas gargalharem com desenhos, basta dar voz a um animal e fazê-lo tropeçar escada abaixo e pronto, você tem risadas generalizadas. Mas esperar que as pessoas se comovam com a expressão facial de um pequeno robô compactador de lixo criado em computação gráfica é realmente algo audacioso, que os magos da Pixar, no entanto, conseguiram com louvor.
Numa época em que atores de carne e osso dificilmente conseguem tocar o público e fazer com que as pessoas se identifiquem com os personagens, é um verdadeiro espanto testemunhar tal feito ser executado por um robozinho de faz-de-conta.

Wall-e merece concorrer ao Oscar, mas não de "melhor animação", e sim de "melhor filme". O fato de Wall-e ser uma animação é só um detalhe acidental que a gente até esquece quando está assistindo ao filme. É, o filme é assim bom mesmo.

Quando uma obra qualquer é unanimemente aplaudida e elogiada - como é o caso deste filme - o motivo é muito simples: é porque a obra em questão transcendeu nichos, públicos-alvos e estilos e atingiu as pessoas com uma mensagem universalista, que intercede junto ao denominador comum de todos os seres humanos independente de nacionalidade, crença, cultura, etc. Falar nesse nível seria uma distinção para qualquer filme, principalmente para um protagonizado por um ROBÔ.

Para ver e rever inúmeras vezes.
THE DARK KNIGHT

Vi ontem de noite o novo filme do Batman, THE DARK KNIGHT, em São Leopoldo.

Caraca, é MUITO bom! Não é à toa que está batendo até os filmes do Homem-Aranha em termos de bilheterias. E toda essa babação de ovo na performance de Heath Ledger como o Coringa não é só peninha do cara em virtude da morte dele, não. Só vendo pra crer no trabalho excepcional que esse cara fez no filme, não dá nem pra reconhecer o ator por trás do personagem - e olha que esse é o Coringa menos maquiado de todos os tempos. A atuação do cara é visceral, da expressão corporal ao trabalho de voz, e deve ter dado medo até nos colegas de produção! E olha que não é mole se destacar num elenco que conta com o sempre excepcional Gary Oldman, o elegante Michael Caine e o ótimo Christian Bale.


O filme é pesado e dark, contando com duas horas e meia em ritmo de clímax permanente. Você pode esquecer do tradicional esquema "ordem apolínea/perturbação dionisíaca/retomada da ordem apolínea". O filme é simplesmente um desespero, embebido em caos e desesperança do começo ao fim. Sobra um ou outro alívio cômico "light" aqui ou ali, e alguns poucos minutos de tranquilidade rapidamente tragados por uma tempestade sem fim de eventos caóticos orquestrados pela figura demoníaca e ensandecida do Coringa.


Minha única crítica ao filme vai no sentido de que justamente essa intenção de criar um caos permanente na telona acabou por comprometer um pouco a verossimilhança e o andamento do roteiro, que se torna excessivamente "atropelado" e confuso da metade ao fim do filme, com os personagens simplesmente correndo de um lado para o outro atrás de outra e outra e outra urgência que explode em Gotham City. O roteiro - excelente, no geral - poderia ter sido um pouco "enxaguado" nesse sentido, em prol da objetividade.

Mas, em termos de ambientação, clima e desenvolvimento de personagens, é um dos melhores filmes de super-herói já feitos, além de um dos melhores filmes do ano.

The Dark Knight merece o reconhecimento quase absoluto que vem recebendo, e vale à pena ser visto mesmo por quem não seja fã do Batman (embora, evidentemente, eu me recuse a acreditar que existem pessoas que não sejam fãs do Batman).

"E nós um dia achamos que o Coringa do Jack Nicholson parecia assustador, hã?"

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CASTLE OF ILLUSION detonado (urrú, "como" sou fodão!)



No ano passado comprei um Master System II usado, aquele antigão, do comecinho dos anos 90, todo pretão. Mas enfrentei altos problemas técnicos com ele e só anteontem é que fui resolvê-los plenamente. Primeiro o troço não ligava direito na TV. Depois, mandei pro conserto mas ainda assim ele ficava em preto e branco. Mas agora me dei conta que ele só pega cor se a TV estiver configurada especificamente no modo PAL-M (no modo automático ele não se acha). Eu podia jurar que tinha tentado isso antes, mas talvez eu estivesse configurando a entrada de vídeo errada. Enfim, o importante é que o treco agora está funcionando a contento.


Ato contínuo, aproveitei as circunstâncias para tirar o pó de alguns cartuchos de Master que eu tinha comprado nos últimos tempos. Fui colocar o Castle of Illusion pra experimentar um pouco e o surpreendente ocorreu: fiquei jogando até às 4 da matina e cheguei ao final do jogo pela primeira vez na minha vida!


O engraçado é que, quando eu jogava esse jogo no meu Game Gear com adaptador pra cartuchos de Master (ali por volta de 1994 ou 1995) eu tinha chegado perto de virar esse game. Me lembro claramente de ter sido morto pelo DRAGÃO, que é o penúltimo chefão do jogo. Depois disso, nunca mais me encarnei de novo no jogo para virá-lo. Foram necessários 13 anos para eu finalmente dar o troco no dragão sacana e chegar na bruxa Mizrabel, última "chefona" do game, e encher esse velha de porrada, salvando a Minnie (infantil é a vó, tá?).



Claro, fiquei de alma lavada, é sempre bom detonar um velho clássico "na raça", sem saves, truques de emuladores, cheats ou coisas do tipo. Mas fiquei encabulado, também, pois pela primeira vez na minha vida percebi COMO esse jogo é FÁCIL! Tipo, agora acho que qualquer pereba pode virá-lo em pouco mais de uma hora! Pô, eu realmente devia ser MUITO ruim na adolescência, por não ter conseguido virar esse game.

Não vou ficar gastando verbo falando sobre o Castle of Illusion em si. Se você não sabe que é um dos melhores games da era dos 8-bits de todos os tempos, deveria saber. Claro que a versão do Mega Drive era muito mais fodona, mas a versão do Master é um jogo muito diferente, e portanto vale à pena conhecer ambos. Já a versão do Game Gear era tão igual a do Master que eu sinceramente não me lembro se eu jogava antigamente a versão do Game Gear ou se jogava a versão do Master no G.G usando o adaptador Master Gear Adaptor. Devo estar ficando velho e a memória já não é mais tudo aquilo ...


A HISTÓRIA DA CRIPTA DO CAVEIRA

Como todos sabem, a maioria dos blogs não duram mais do que alguns meses. Mas a Cripta do Caveira é uma maldição obstinada, "coisa ruim", insistente e permanente: está no ar desde março de 2004 e prestes a completar quatro anos e meio de existência em setembro próximo.

O pior de tudo é que todo o material publicado no blog continua intacto on-line, distribuído pelos diversos endereços que a Cripta teve nesses mais de quatro anos.

Como estamos começando num novo endereço, nada melhor do que uma breve seção do you remember, reunindo os links de todos os sites pelos quais a Cripta já passou.

O endereço original do blog, quando criado, era:

http://criptadocaveira.blig.ig.com.br/

O blog operou nesse endereço por apenas três meses. Contínuas e progressivas dificuldades de uso me fizeram mover o blog para um novo endereço:

http://criptadocaveira.blogspot.com/

No Blogspot, a CRIPTA ficou por longos dois anos: de junho de 2004 até agosto de 2006.

Mais ou menos no mesmo período, a CRIPTA ganhou um blog-irmão: A CRIPTA DOS GAMES, que era exclusivo para posts de jogos de computador e videogames. O endereço da CRIPTA DOS GAMES era:

http://criptadosgames.blogspot.com/

Em agosto de 2006, ambos os blogs foram novamente fundidos num novo e único endereço, pela primeira vez em formato Fotolog:

http://ubbibr.fotolog.com/doomariner/

E, finalmente, em 23 de julho de 2008, a Cripta retorna ao formato Blog, no novo endereço que você está agora:
http://caveirascrypt.blogspot.com/

Enfim, "recordar é viver"!

"Eu adoro reler os posts antigos da Cripta do Caveira!"
Novo endereço da CRIPTA DO CAVEIRA

Bem vindos, corpos e almas!

Meu querido blog A Cripta do Caveira acaba de inaugurar seu quarto endereço desde que foi iniciado em 28 de março de 2004. Após quase dois anos no endereço http://www.fotolog.com/doomariner/, a Cripta agora volta ao formato Blog.

Por favor, salvem o novo endereço em seus bookmarks e fiquem ligados para maiores novidades do mundo das trevas.