Não vejo a hora de Wall-E sair em DVD! Vou comprá-lo na edição mais cara e com mais extras que estiver disponível. Esse é o melhor longa de animação que eu já vi na minha vida. E os dois protagonistas - os robozinhos Wall-e e Eve - são simplesmente as criaturas da ficção científica mais carismáticas que a minha geração viu surgir desde o R2-D2 e o ET, no final dos anos 70 e começo dos 80.


As cenas de Wall-e com Eve são românticas, meigas e envolventes de uma maneira até então inédita na história de animações. Se toda uma geração achou choramingante a interação da pequena Drew Barrymore - uma criança de verdade - com o boneco do ET, o que dizer então de uma "química" entre duas criaturas que não existem, trazidas à vida unicamente pela computação gráfica? Uma coisa é fazer as pessoas gargalharem com desenhos, basta dar voz a um animal e fazê-lo tropeçar escada abaixo e pronto, você tem risadas generalizadas. Mas esperar que as pessoas se comovam com a expressão facial de um pequeno robô compactador de lixo criado em computação gráfica é realmente algo audacioso, que os magos da Pixar, no entanto, conseguiram com louvor.

Wall-e merece concorrer ao Oscar, mas não de "melhor animação", e sim de "melhor filme". O fato de Wall-e ser uma animação é só um detalhe acidental que a gente até esquece quando está assistindo ao filme. É, o filme é assim bom mesmo.

Para ver e rever inúmeras vezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário