domingo, 8 de outubro de 2023

O Caveira resenha: ALONE IN THE DARK (1982)

 

E cá estamos, nos aproximando de mais um halloween - a época do ano favorita do Caveira que vos fala. Vai ter maratona de filmes de horror antigos? Mas é CLARO que sim! Tudo devidamente resenhado aqui na Cripta. Vamos começar com ALONE IN THE DARK, de 1982, dirigido por Jack Shoulder.

Oh, boy, esse aqui estava na minha lista há décadas! Na última madrugada, finalmente assisti essa pouco lembrada antiguidade.

 

A primeira vez em que ouvi falar de Alone in the Dark (não confundir com a série de games de mesmo nome) foi lá por volta de 1996, por meio do meu exemplar do bom e velho Guia de Vídeo Terror da Editora Escala, de autoria do Guilherme de Martino. Vamos ver o que o livrinho tem a dizer sobre este filme (que foi distribuído aqui no Brasil com o título "Noite de Pânico"):

"Três assassinos fogem de um manicômio e invadem a casa de uma família. Ponto de partida comum, na onda do sucesso de 'Sexta-Feira 13', mas com resultado interessante. Nada de novo ou original, mas um thriller envolvente com bom elenco."

 
O Guia Terror deu apenas duas estrelas (de um máximo de cinco) para o filme. Acho que é uma avaliação um pouco severa demais. Eu daria pelo menos três estrelas. "Alone in the Dark" realmente não reinventa a roda, mas o elenco é fantástico e o ritmo é muito bom. É uma ideia simples porém muito bem executada.

 

Na trama, o psiquiatra Dan Potter (vivido por Dwight Schultz, famoso nos anos 1980 por seu papel como o Murdock da clássica série "Esquadrão Classe A") é indicado para trabalhar em um hospital psiquiátrico conhecido como The Haven, chefiado pelo excêntrico e audacioso Dr. Leo Bain (interpretado pelo saudoso Donald Pleasence - o Dr. Loomis do "Halloween" original de 1978 e o presidente dos Estados Unidos no clássico "Fuga de Nova York" de 1981). 


Neste estabelecimento, existe uma ala de segurança eletrônica reforçada no terceiro andar, que abriga quatro assassinos potencialmente perigosos: o ex-militar Frank Hawkes (vivido pelo grande Jack Palance, conhecido pela minha geração aqui no Brasil por ser o apresentador da versão dos anos 80 do programa "Acredite se Quiser", bem como por sua participação no icônico "Batman" de Tim Burton), um maníaco sexual gordão chamado Ronald Elster, o ex-pastor Byron Sutcliff (interpretado por Martin Landau, nesta que talvez seja a atuação mais afetada e tresloucada de toda a carreira do ator) e, por fim, o enigmático John Skaggs, conhecido como "Bleeder" ("Sangrador").

 

Até aí, tudo tranquilo. O problema é que essa ala psycho killer do hospital psiquiátrico fica indignada com a chegada do novo Dr. Dan Potter. A inconformidade chega ao ponto de Hawkes convencer seus sinistros colegas de terceiro andar que, na verdade, o antigo psiquiatra deles teria sido "assassinado" pelo Dr. Dan. Nasce, aí, um desejo de sangue e vingança. 

 

                           

Para conveniência do roteiro (e alegria do espectador), essa revolta silenciosa do quarteto de assassinos se converte em fuga quando, após um blecaute prolongado, todo o sistema eletrônico de segurança de The Haven é desativado. Pronto: tá feita a merda! O resultado, por óbvio, é muita sanguinolência.

 


Só a oportunidade de ver simultaneamente na tela os veteranos Palance, Landau e Pleasence já seria motivo mais do que suficiente para dar uma chance para este filme. Mas ver Palance e Landau como serial killers torna tudo muito mais único e divertido. 

 

O então jovem Dwight Schultz se sai muito bem no papel de "mocinho" também. Destaques, ainda, para uma pequena ponta da veterana Lin Shaye (hoje mais conhecida pelos fãs de filmes de horror por conta de seu papel na franquia "Sobrenatural"), e para as divertidas performances da banda punk "Sic F*cks" (tente não rir ouvindo a hilária pérola "Chop Up Your Mother").

 

                     

 O Caveira recomenda! 💀💀💀


"Garota, me contaram que você falou mal de 'Tango & Cash' ... é verdade isso?!?"
 

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