Nas últimas duas semanas, nas horas vagas, li "Sexta-Feira 13 - Arquivos de Crystal Lake", de David Groove, recentemente lançado por aqui pela editora Darkside. Agora que concluí a leitura, só o que tenho a dizer para os fãs do filme original de 1980 é o seguinte: leiam este livro! Ele cobre toda a história da concepção, filmagem e produção do primeiro e clássico "Sexta-Feira 13", com uma série de fotos, declarações e fatos muito interessantes e que certamente são desconhecidos até pelos fãs mais ardorosos.
[SPOILER ALERT] 
Seguem abaixo alguns exemplos de curiosidades que eu não sabia sobre o filme e que achei divertidíssimas:
1 - "Sexta-Feira 13" foi filmado na pequena cidade norte-americana de 
Blairstown, que na época das filmagens (1979) tinha em torno de uns 
4.000 habitantes. A produção chamou a atenção do mais famoso morador da 
pequena cidade, que chegou a visitar o local das filmagens, assistir as 
gravações de algumas cenas, conversar e fazer festa com os atores e 
demais profissionais envolvidos na produção. Seu nome? LOU REED! É 
sério! O padrinho do punk supervisionou a produção do slasher movie mais
 famoso de todos os tempos! :D
2 - O conceito do filme nasceu ... do nome! O diretor Sean Cunninghan 
simplesmente pensou que precisava dirigir um filme com um nome 
impactante e pensou em "Sexta-Feira 13". Era só o que ele tinha. Depois,
 o início da produção foi pomposamente anunciado em algumas publicações 
da época, para atrair estúdios e investidores, e mesmo até então só o 
que existia era o nome do filme e um logo caprichado, feito com letras 
que quebravam uma vidraça em um efeito 3D. O roteiro só foi ganhar algum
 mínimo de corpo meses depois, e mesmo na versão final era magrinho, 
sendo que várias cenas e falas foram improvisadas nas filmagens ou 
concebidas já na fase de produção. A célebre cena final, que mostra 
Jason saindo do lago para atacar Alice, só foi criada quando o filme 
estava quase começando a ser rodado.
3 - A lista de atrizes 
veteranas para interpretar a Sra. Voorhees incluiu Dorothy Malone, 
Estelle Parsons, Shelley Winters e Louise Lasser. O nome de Betsy Palmer
 nem estava entre as possibilidades inicialmente cogitadas. Ela só foi 
confirmada no papel quando a produção já estava em avançado estado e 
simplesmente não podia mais continuar sem a sua personagem. Todas as 
"aparições" parciais da assassina antes da parte final do filme foram 
gravadas com diferentes pessoas da equipe técnica "interpretando" a 
personagem, já que Betsy chegou nas filmagens só mais diante.
4 -
 Betsy Palmer não fazia filmes há um bom tempo e era uma atriz de 
formação mais teatral. Nas cenas em que ela tinha que bater na 
personagem de Adrienne King, ela foi lá e simplesmente sentou a mão na 
atriz, de verdade. O clima ficou meio ruim entre as duas, mas ninguém 
quis censurar a veterana atriz.
5 - A esposa do diretor Sean 
Cunningham estava com ele durante as filmagens, participando de aspectos
 técnicos da produção. Surpreendentemente, sabe-se lá como, isso não 
impediu que Cunningham e Adrienne King tivessem um caso durante o 
período. Ironicamente, King interpretava justamente a mocinha virginal e
 casta do grupo.
Enfim, recomendo a leitura deste imperdível deleite para fãs do cinema de horror.




