domingo, 16 de maio de 2010

Filme recomendado: LET SLEEPING CORPSES LIE (1974)


Se você achava que os únicos filmes decentes de zumbis ingleses eram 28 Days Later (2002) e Shaun of the Dead (2004), então precisa conhecer LET SLEEPING CORPSES LIE, uma pérola setentista do estilo e, na minha humilde opinião, um dos melhores filmes de zumbi de todos os tempos.

Verdade seja dita: dizer que o filme é "inglês" não é exatamente correto. A história é ambientada no interior da Inglaterra e os personagens são ingleses, mas na verdade o filme é uma produção conjunta de Itália e Espanha. O diretor Jorge Grau e a atriz Cristina Galbó, por exemplo, são espanhóis, enquanto que o "mocinho" Ray Lovelock - apesar do que sugere o nome - é italiano.


Na trama, George é um cara viajando de motocicleta de Manchester para o interior, onde encontrará alguns amigos. Ao parar num posto de gasolina, sua moto é abalroada pela manetona Edna, que aparentemente não sabe dar a ré e olhar pelo retrovisor ao mesmo tempo. Ela acaba dando uma carona para ele e, enfurnados no interior rural da Inglaterra, eles irão dar de cara com uma máquina experimental que extermina insetos com radiação ultrasônica e terão a infelicidade de descobrir que essa novidade agrícola é responsável pelo súbito e contínuo surgimento de mortos-vivos na região. É "claro" que a polícia local acredita piamente nessa história de zumbis contada pelos protagonistas, certo? Errado: em pouco tempo, as inacreditavelmente obtusas autoridades do lugar se tornam um problema quase tão sério quanto os próprios zumbis.


LET SLEEPING CORPSES LIE tem tantos nomes "alternativos" que localizá-lo já é um desafio por si só. Na época do VHS, o filme foi lançado aqui no Brasil com o nome Zumbi 3, seguindo a tendência dos filmes europeus da época de "pegar carona" no sucesso do clássico Dawn of the Dead de George Romero, que era conhecido na Europa como Zombi (por exemplo, o melhor filme de zumbi europeu da época, o Zombie de Lucio Fulci, foi "rebatizado" de Zombi 2 por lá, como se fosse uma continuação do filme de Romero). Outros nomes alternativos do filme são: The Living Dead at Manchester Morgue, No si deve profanare il sonno dei morti, Don't Open the Window (hã?!?), Breakfast With the Dead (da onde tiraram isso, meu Deus?!?), Massacre des Morts-Vivants e por aí vai.


O maior barato do filme são as belíssimas locações e a ambientação bucólica, que é extremamente eficiente em criar um clima de tensão em meio a lugares nos quais pode surgir um zumbi babando de qualquer lado e a qualquer momento. O filme é simples, porém o roteiro é bem amarrado e funcional. O resultado é tanto um ótimo filme de terror quanto um excelente exemplar de filme de zumbis. Para os fãs do gênero, é simplesmente obrigatório.



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