1 - METALLICA
Minha banda do coração, pela qual me apaixonei aos quinze anos em 1996, por intermédio do seminal "black album". Depois ouvi o clássico "Master of Puppets" e daí não teve mais volta, a admiração se tornou eterna. Muita gente torce o nariz para álbuns como "Load" e "Reload", mas eu adoro mesmo estes discos que não desfrutam de unanimidade entre os fãs. O único álbum realmente fraquinho na discografia da banda é o sofrível St.Anger, de 2003, mas é público e notório que o disco nasceu no meio de um período turbulento da história da banda.
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2 - IRON MAIDEN
Foi a banda que me tornou fã de heavy metal e a primeira da qual me tornei fã incondicional, em 1994, com treze anos. O álbum inicialmente responsável pela minha adoração pela banda permanece até hoje um mistério, pois era uma fita K7 emprestada de um amigo, com gravações aleatórias. Se bem me lembro, eram músicas do álbum "Fear of the Dark" e do ao vivo "A Real Live One". De qualquer forma, meu primeiro álbum da banda - e o que realmente consolidou meu gosto pelo som do grupo - foi o insuperável álbum ao vivo LIVE AFTER DEATH. Confesso: não conhecia nada de Iron Maiden naquela época, e comprei o disco por causa da capa linda e sinistra. Mas foi uma dessas raras situações em que julgar o álbum pela capa se mostrou acertado. Curiosamente, eu me apaixonei pelo Iron Maiden precisamente no período mais criticado da história da banda, a fase em que o vocalista Blaze Bayley havia substituído Bruce Dickinson no posto de vocalista. Controvérsias à parte, já em 1995 eu achei THE X-FACTOR (lançado naquele ano) um puta álbum, e continuo adorando esse disco até hoje.
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3 - RAMONES
Eu já gostava do som do Ratos de Porão, mas a banda que realmente me tornou fã de punk rock foi o Ramones. Eu não lembro que som do grupo me chamou a atenção primeiro, talvez tenha sido a famosa "Pet Semetary". Mas lembro que dois álbuns ao vivo da banda consolidaram minha paixão: o clássico LOCO LIVE e o excelente WE'RE OUTTA HERE, que é simplesmente a gravação do último e derradeiro show da banda em 1996. Hoje, conheço a discografia dos caras de trás pra frente e compreendo perfeitamente por que os Ramones aparecem em qualquer lista decente de melhores e mais importantes bandas de rock de todos os tempos.
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4 - MISFITS
Conheci o Misfits por meio do clássico cover de "Last Caress" feito pelo Metallica. Curiosamente, na mesma época (por volta de 1997) a banda estava voltando à ativa depois de muitos anos de ausência. Em 1998, comprei o então novo álbum do Misfits, "American Psycho", até hoje um dos meus álbuns prediletos e o disco que me tornou fã incondicional do grupo (apesar da criticada ausência de Glenn Danzig, o vocalista clássico do grupo). Nos dois anos seguinte, passei a me inteirar dos álbuns clássicos dos velhos tempos da banda (lançados bem no começo dos anos 80), e nunca tive problemas em me empolgar tanto com o material velho quanto com as músicas da "fase Michale Graves" dos anos 90. Lamento até hoje que o Misfits, depois do renascimento com Graves, não tenha tido sucesso em manter uma carreira mais regular, caindo novamente em mudanças de formação que descaracterizaram bastante a banda. Depois dos excelentes discos "Famous Monsters" (de 1999) e do álbum de covers "Project 1950" (2003), a banda infelizmente não lançou mais nada digno de nota. Uma pena.
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5 - MEGADETH
Eu nunca tinha escutado Megadeth com atenção até 1997, quando a banda lançou o excelente "Cryptic Writings". Curioso para conhecer a banda, comprei o álbum e me tornei fã na primeira audição. Aos poucos, fui tratando de conhecer a discografia inteira da banda do mestre Dave Mustaine, e nesse percurso conheci grandes álbuns como "Peace Sells But Who's Buying" e "So Far, So Good, So What "e o insuperável "Rust in Piece". O Megadeth tem mandado bem nos lançamentos na última década, mas pro meu gosto não lançou nenhum álbum melhor do que "Cryptic Writings" depois de 1997. Mas, pra quem curte thrash metal e heavy em geral, não conhecer a discografia do Megadeth é simplesmente imperdoável!
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6 - LED ZEPPELIN
Meu pai sempe foi fã do Led, mas eu nunca tinha dado atenção para a banda. Certo dia, já fã de Iron Maiden e Metallica, fui ouvir o álbum "Led Zeppelin IV". Pronto. Fã da banda para todo o sempre. E, ouvindo uma obra absurdamente fantástica dessas, tinha como ser diferente?
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7 - DEEP PURPLE
Na adolescência, para ser sincero, ouvi mais Black Sabbath e Led Zeppelin do que Deep Purple. Durante muito tempo, meu conhecimento da discografia da banda não ia muito além da música "Smoke on the Water". Mas músicas como "Burn", "Pictures of Home", "Might Just Take Your Life", "Highway Star" e outras foram me tornando vidrado na banda. Depois ouvi os álbuns "In Rock" e "Machine Head" na íntegra, e deu no que deu: virei um maníaco pelo Purplão!
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8 - MICHAEL JACKSON
É difícil explicar como um cara fã de heavy metal e punk como eu pode ser fã do Michael Jackson. Na verdade, não é difícil não! Ora, cresci nos anos 80, na época em que era Deus no céu e Michael Jackson na Terra! Eu sou do tempo que Jackson era sinônimo dos álbuns "Thriller" e "Bad", que são excepcionais e divertidíssimos. Quem cresceu já assistindo a fase decadente do cara não faz a menor idéia do tamanho do sucesso de Jackson nos anos 80. Era uma coisa incomparável e inimitável. A Britney Spears e a Lady Gaga são duas desconhecidas na comparação. O cara foi simplesmente, de longe, o maior nome ligado ao entretenimento do mundo durante uma década inteira. A primeira música que lembro de ter curtido na vida foi "Billie Jean". Como é que eu não iria ser fã de Michael Jackson!? Tá certo que a carreira de MJ desandou terrivelmente nos anos 90, e a qualidade de seus álbuns foi despencando, primeiro com Dangerous (1991), que era irregular mais ainda muito bom, e depois com uma série de lançamentos lamentáveis que culminaram com o derradeiro Invincible, de 2001, que é simplesmente horrível e seguramente o pior momento da discografia de Jackson. Mas os álbuns clássicos do cara são e sempre serão absolutamente insuperáveis. Esqueça Roberto Carlos, Luís XIV ou Lear: só existe um REI, e o nome dele é Michael Jackson! Au!
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9 - ROXETTE
Eu gosto de um monte de bandas de pop ointentista em geral, como A-Ha, Depeche Mode, Oingo Boingo e por aí vai. Mas nenhuma me fisgou tanto quanto o Roxette. Eu adorava as músicas da dupla quando tocavam no rádio e nas reuniões dançantes pré-adolescentes, mas vidrei de verdade na banda quando redescobri o som deles, por volta de 1997, através da coletânea "Tourism". Depois parti para outra coletânea, a excelente "Don't Bore Us, Get to the Chorus", e aos poucos destrinchei a discografia inteira do Roxette. A banda tem seus altos e baixos (o disco "Have a Nice Day" de 1999 é bem chatinho, no geral), mas quando o Roxette acerta, as outras bandas pop ficam comendo poeira. E Per Gessle, além de ótimo vocalista, é simplesmente um gênio para composições do estilo.
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10 - BLUE OYSTER CULT
Por volta de 1996 ou 1997, vi um filme de terror excelente de Peter Jackson e que é pouco lembrado hoje em dia: The Frighteners ("Os Espíritos" aqui no Brasil), estrelado por Michael J. Fox. No final do filme, tocava uma música que me capturou de cara: a excepcional "Don't Fear the Reaper", em versão do The Mutton Birds. Com um pouco de pesquisa, descobri que a música era um cover, e que o original era de uma banda da qual eu nunca tinha ouvido falar: o Blue Oyster Cult. Rapidamente encomendei uma coletânea dos caras numa loja, e tive a sorte de ser a maravilhosa "Cult Classics", uma excelente compilação de regravações de clássicos da banda feita pelos caras nos anos 90. Através desse álbum, conheci pérolas como "Burning For You", "Astronomy", "M.E 262" e "Godzilla", e parti para conhecer o resto da discografia da banda. Coincidentemente, nessa mesma época (mais ou menos como aconteceu com o Misfits), o Blue Oyster Cult estava voltando à ativa depois de anos sem novidades, lançando o excelente Heaven Forbid em 1998. No mesmo ano, o Metallica fez um cover de "Astronomy" em seu álbum Garage Inc, e tudo isso só contribuiu para que eu me tornasse cada vez mais apaixonado pelo som do Blue Oyster, que permanece ainda hoje como uma das minhas bandas do coração. Os vocais de Buck Dharma e Eric Bloom e a sonoridade inigualável da guitarra de Buck são as marcas registradas dessa banda maravilhosa, que fez muito sucesso nos anos 70 mas que merecia ser bem mais conhecida do que é.