domingo, 2 de novembro de 2008

Fazendo test drive no NINTENDO DS

Estou há três semanas aqui com o DS, videogame portátil da Nintendo, que me foi emprestado pelo Marcelo - que por sua vez pegou emprestado meu PSP. Um verdadeiro escambo de consoles, portanto hehehe.

Na comparação com o PSP, o DS apresenta games menos complexos do ponto de vista audiovisual. O console apresenta gráficos que são uma espécie de mistura entre Nintendo 64 e Playstation-1. Mas o grande barato é o fato de ter duas telas - que nem aqueles minigames "game and watch" que a Nintendo vendia nos anos 80. E a tela inferior é sensível ao toque, adicionando algumas inovações bem bacanas em certos jogos.

Acho que o título que mais joguei foi NEW SUPER MARIO BROS. Joguei este até terminá-lo. Pelas minhas contas, ele é o primeiro game do Mario no estilo 2D clássico desde Super Mario Land 2, lançado em 1992 (!) para o Game Boy. O jogo presta escancarada homenagem aos clássicos games Super Mario Bros e Super Mario Bros 3 do NES, dos quais tira praticamente toda a sua jogabilidade, design de fases, mapas e concepção de chefes e sub-chefes de fase. E tudo isso em side-scrolling lateral, mas com os personagens construídos em modelos 3D, resultando num visual ao mesmo tempo clássico e inovador, muito mais dinâmico, colorido e vivo do que os games das décadas passadas. É o tipo de game que já nasce um clássico. A Nintendo sempre capricha imensamente nos games da série Mario, e dessa vez não foi exceção.


Tanto quanto o New Super Mario, o outro game que me fisgou completamente foi CONTRA 4. Eu sou um fã alucinado da série "Contra" desde que joguei pela primeira vez SUPER CONTRA do NES, o que imagino que tenha sido entre 1992 e 1994. É uma das melhores e mais legais séries de games de ação e tiroteio "side scrolling" da História, mas a verdade é que a série já não contava com nenhum grande lançamento seminal pelo menos desde Contra - The Hardcorps, lançado para o Mega Drive em 1994.

Agora, DEZESSEIS ANOS depois do Contra III - The Alien Wars, finalmente sai a continuação direta daquele clássico do Super Nes. E o jogo ARREBENTA, é legal demais! Gráficos 2D caprichadíssimos, ação rápida, fases e inimigos super criativos e muitas homenagens aos games anteriores da série - além de um uso dinâmico e legal das duas telas - resultam num CONTRA que faz jus ao nome e que é capaz de levar os jogadores da velha guarda às lágrimas! QUE JOGÃO de ação! Vale à pena ter um DS só pra jogar CONTRA 4 ...


Outro game do DS que curti muito foi o CALL OF DUTY 4. Antes de conhecer esta versão, eu era meio cético sobre adaptar um game animalesco do PC/Xbox-360/Playstation 3 para o modesto hardware do DS. Mas o resultado ficou muito legal, e tudo por causa da ótima jogabilidade. O visual é de game de PsOne, mas o que mata a pau é o lance de controlar a visão do personagem com a caneta stylus, na tela inferior do aparelho. Isso dá uma sensibilidade comparável ao uso do mouse em games do estilo para PC, o que é notável quando se trata de um portátil, pois normalmente games de tiro em primeira pessoa para portáteis sofrem sérios problemas de jogabilidade. Ótimo título, realmente uma conversão única e inteligente.

Me impressionei também com o Ninja Gaiden - Dragon Sword. Esse é MUITO criativo: é pra jogar com o DS de lado, como se fosse um livro, e toda a ação se desenrola na tela inferior, usando-se a caneta stylus para mover o personagem e para fazer todos os ataques. O resultado é uma jogabilidade dinâmica e única. E o jogo ainda tem gráficos muito bons, comparáveis ao que de melhor se viu no PsOne, e cujo visual fica ainda melhor graças às telinhas pequenas do console. Um jogaço, que deveria inspirar mais títulos semelhantes para o DS.


Outro game que curti foi o DEMENTIUM - THE WARD. O jogo é uma espécie de Silent Hill, no qual você controla, com visão em primeira pessoa, um sujeito que aparentemente estava internado num hospício que, subitamente, vira um pesadelo, sendo tomado por aparições bizarras, zumbis e criaturas diabólicas variadas. O visual é um pouco pobre, com cenários repetitivos, que lembram os gráficos de games de PC por volta de 1995. Mas a ambientação, o uso das armas, da lanterna e a possibilidade de anotar pistas num bloco de notas com a sua própria letra, com o uso da caneta stylus, realmente tornam a experiência interessante.


Joguei vários outros games legais, como MARIO KART DS, BROTHERS IN ARMS, RESIDENT EVIL - DEADLY SILENCE (remake do Resident Evil original do PsOne) e por aí vai. A conclusão é que o DS realmente é legal pra caramba e merece todo o sucesso que está fazendo pelo mundo afora ...

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