segunda-feira, 5 de julho de 2010

Você sabe o que é uma porcaria? SUPERMERCADOS!


Cara, eu ODEIO ir no supermercado!

Pra começar, você não pode ir em qualquer supermercado. Aqui em Novo Hamburgo, se você vai no BIG você não sai de lá nunca mais. A fila média no caixa tem 2 quilômetros e meio, e nunca anda, porque aparentemente ninguém paga as compras com dinheiro, apenas com cartão BIG, créditos de celular, cheques de terceiros ou em títulos da dívida pública. O Carrefour também não é opção, porque além das filas quilométricas você corre o risco de ter seu carro roubado no estacionamento, de apanhar dos seguranças ou de simplesmente morrer de fome andando pelos pavilhões intermináveis do lugar.

Dizem que existe um Rissul em algum lugar nos confins extremos da cidade, mas não existem provas documentadas de que isso seja verdade. Sabe como é, as pessoas inventam muita cascata. Lembra daquela história de que a Lady Gaga tinha um pau? 


Daí você escolhe o Bourbon. Estacionamento beleza, qualidade, ambiente bom, tudo legal. Claro, é meio careiro, mas a gente encara mesmo assim. E aí começa o pesadelo. Você chega lá e o leite que você sempre comprou nos últimos seis meses desapareceu, e no lugar dele apareceu qualquer outra coisa. O pó de café que você comprava desde sempre sumiu. Prateleiras inteiras estão vazias, como se o fim dos tempos tivesse sido anunciando no rádio há alguns minutos e uma horda de desesperados tivesse pilhado o estabelecimento. 


O que diabos está acontecendo, é alguma crise de desabastecimento? Caramba, quer coisa mais irritante do que ir fazer compras num supermercado renomado e se sentir como se você estivesse num posto público de abastecimento na antiga União Soviética? Será que o capitalismo já não tem defeitos que chega para ainda deixar consumidores chupando o dedo, procurando em vão por produtos ausentes?

Mas a irritação se prolonga. Você vai comprar uma inocente margarina, e encontra prateleiras repletas de diversas marcas de margarinas ... SEM SAL! E o "pequeno detalhe" de ela ser sem sal (leia-se: imprópria para consumo humano) está escondidinho em algum canto da embalagem, fazendo com que só os consumidores mais experientes (leia-se: os trouxas que já foram ludibriados anteriormente) percebam esses detalhes. No final das contas, você precisa desistir da marca de margarina que pretendia comprar e se contentar com qualquer uma que tiver sal, e cada dia são menos. 

 
"Ah, mas faz mal pro coração". Putz, será que eu posso ter o direito de comer a margarina que dá infarto que eu sempre comi desde criança? Garanto que é melhor do que morrer de desgosto comendo margarina sem sal.

O supermercado tem lá suas vantagens, tipo nós não precisarmos mais arriscar a vida caçando um bicho pra poder comer um bife, ou criar vacas para poder tomar um café com leite de manhã antes de ir pro escritório. Mas eu ainda percebo um resquício de selvageria na coisa toda. Principalmente na hora do rush.


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