segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Caveira analisa: "Maggie" (2015)

"Maggie" (2015) é uma pérola rara: um filme de zumbi que não segue quase nenhuma das convenções do gênero. A tradicional ênfase nos sustos, na correria, no tiroteio e na sanguinolência dá lugar a um drama familiar lento e sem sobressaltos, mas carregado de atmosfera e densidade emocional. 

Apesar dos elementos de filme de terror, "Maggie" é sobretudo um drama - e um drama surpreendentemente bem construído, diga-se de passagem. Schwarzenegger entrega uma das performances mais únicas e improváveis de toda a sua longa carreira, em um papel absolutamente diferente de qualquer coisa que ele já fez antes. Se você nunca imaginou que o velho Schwarza poderia arrancar lágrimas dos olhos do espectador, você precisa conferir este filme. Abigal Breslin também surpreende com uma performance forte, obtendo um resultado excelente em seu papel extremamente não convencional. 

Como geralmente acontece com a maior parte dos filmes ligados ao gênero terror, a crítica no geral não jogou muito confete neste aqui (apesar de alguns reviews da mídia especializada terem sido muito positivos). Da minha parte, acho que "Maggie" corre sério risco de, com o passar do tempo, virar um filme cult. 

Diferente, artístico e autêntico, o filme aborda a questão da sobrevivência em um cenário pós-apocalíptico de forma completamente diferente do que estamos acostumados a ver. O resultado pega o espectador pela garganta. 

Um filme único, tocante e sensacional. Confira.


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