"Maggie"
(2015) é uma pérola rara: um filme de zumbi que não segue quase nenhuma
das convenções do gênero. A tradicional ênfase nos sustos, na correria,
no tiroteio e na sanguinolência dá lugar a um drama familiar lento e
sem sobressaltos, mas carregado de atmosfera e densidade emocional.
Apesar dos elementos de filme de terror, "Maggie" é sobretudo um drama -
e um drama surpreendentemente bem construído,
diga-se de passagem. Schwarzenegger entrega uma das performances mais
únicas e improváveis de toda a sua longa carreira, em um papel
absolutamente diferente de qualquer coisa que ele já fez antes. Se você
nunca imaginou que o velho Schwarza poderia arrancar lágrimas dos olhos
do espectador, você precisa conferir este filme. Abigal Breslin também
surpreende com uma performance forte, obtendo um resultado excelente em
seu papel extremamente não convencional.
Como geralmente acontece com a
maior parte dos filmes ligados ao gênero terror, a crítica no geral não
jogou muito confete neste aqui (apesar de alguns reviews da mídia
especializada terem sido muito positivos). Da minha parte, acho que
"Maggie" corre sério risco de, com o passar do tempo, virar um filme
cult.
Diferente, artístico e autêntico, o filme aborda a questão da
sobrevivência em um cenário pós-apocalíptico de forma completamente
diferente do que estamos acostumados a ver. O resultado pega o
espectador pela garganta.
Um filme único, tocante e sensacional.
Confira.
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