sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

MENSAGEM DE ANO-NOVO 2012


Quem conhece a Cripta há bastante tempo sabe que a Mensagem de Ano-Novo já é uma verdadeira tradição por aqui, tendo começado há uns cinco ou seis anos atrás, ainda num dos antigos endereços do blog. A moral disso não é encher linguiça com reflexões baratas do tipo "que você tenha saúde, amor e sucesso" e nem elencar citações esparsas de personalidades de espírito elevado - todos nós já temos o Facebook e o Twitter para nos prestar esse desserviço. Não, a Mensagem de Ano-Novo da Cripta do Caveira é uma maneira de rir daquilo que, na verdade, é um fato bastante sério: carácoles, como o tempo passa RÁPIDO!!!

Dessa vez, no entanto, eu vou aproveitar a tradicional reflexão de ano-novo para fazer uma rápida retrospectiva pessoal desse agitado ano de 2011 - que não foi nada fácil, mas que foi certamente um ano absolutamente memorável.

Primeiramente, foi um ano de mudanças. Mudei de apartamento, mudei de carro e mudei de "relationship status" - me tornando solteiro pela primeira vez desde 1999(!). É, meu filho, na última vez em que eu fui solteiro antes de 2011 foi na época em que "Star Wars Episode 1 - The Phantom Menace" estava estreando nos cinemas. Ou, para parecer ainda mais nerd e mais velho, foi antes de lançarem o Playstation-2. Que coisa, não?


Um momento particularmente complicado do ano foi fazer 30 anos de idade. Confesso que eu já vinha sentindo que o tempo estava passando muito depressa pelo menos desde o final da faculdade, em 2004, mas a rapidez com que essa última meia década passou me deixou atordoado. Menos mal que pude comemorar a minha entrada no Clube dos Balzaquianos ao lado de vários amigos, numa festinha bem divertida. Até me meti a cantar um velho clássico dos Rolling Stones ao lado dos amigos da banda Stoneanos, para deixar tudo ainda mais inusitado.


Outras coisas bastante inusitadas e memoráveis foram acontecendo ao longo desse peculiar ano de 2011 que se encerrou. Ali entre o final de julho e o começo de agosto, o Marcelo postou o link de um vídeo dos Misfits no Facebook. Eu curti e perguntei para ele quando iríamos tomar a iniciativa de voltar a ter uma banda cover de Misfits antes que acordássemos com 40 anos de idade qualquer dia desses. Ele se motivou e em 24 horas a banda estava formada. O nome do projeto era "A Banda Mais Horripilante da Cidade" (B+HC) e, como não apareceu ideia para um nome melhor, até agora estamos usando este mesmo. 


Podemos chamar a banda do que quisermos mas, no fundo, no fundo, é uma reunião da Pitchfork, a banda punk na qual o Marcelo me convidou para entrar em 1999 (prometo liberar as músicas da demo "Zombie Hunters", gravada naquele ano, para vocês ouvirem uma hora dessas). Dos cinco membros das B+HC, quatro são egressos da Pitchfork - e o Leandro, nosso baixista, tocou comigo na finada banda Doutor Phibes entre 2007 e 2009. 


Até agora, a B+HC só fez uma apresentação ao vivo. Foi um dos shows mais legais dos quais já toquei na vida até hoje. Tocar Misfits com os caras da Pitchfork de novo, pela primeira vez em mais de onze anos, foi pra mim um dos momentos memoráveis de 2011.


Falando em revival, em 2011 eu e um grupo de amigos colocamos em prática uma ideia que já estava na minha cabeça há anos: reunir a nossa velha turma da 5ª Série do colégio Osvaldo Cruz, na qual estudamos juntos no longínquo ano de 1992! O Facebook contribuiu muito para tornar possível toda a logística da coisa. Contatos foram feitos, um pequeno churrasco prévio foi marcado, a Comissão Organizadora se formou e, em 15 de outubro, a brincadeira se tornou realidade e a nossa memorável CLASS REUNION finalmente aconteceu!


Conseguimos reunir 14 membros da nossa velha turma de 28 alunos, ou seja, metade da gang toda. Foi realmente muito divertido rever esse pessoal que foi tão importante na minha infância e ver que estão todos bem. Foi incrivelmente nostálgico também: em certos momentos, parecia que 1992 tinha sido ontem e que nós havíamos passado apenas uma verão sem nos reunirmos, e não quase vinte anos! Espero que, de agora em diante, a gente consiga realizar outros encontros desses com uma certa frequência. "Let's get together before we get much older", como diz a clássica letra do The Who!


Mantendo a recente tradição iniciada em 2010, no ano passado teve ainda a segunda edição da minha festa de Halloween, a CAVEIRA'S HALLOWEEN PARTY, que estava divertidíssima. Salgadinhos, bebida, todo mundo fantasiado de monstro, músicas com temática de horror rolando e filmes clássicos de terror sendo projetados no telão all night long. A vida não fica muito melhor do que isso ...


Em termos de shows, 2011 quase me fez morrer do coração com a oportunidade de eu finalmente ver ao vivo o Roxette, a minha banda de pop oitentista predileta entre todas as toneladas de pops oitentistas que eu adoro. Outro que quase me fez ter uma parada cardíaca de emoção foi o Alice Cooper, um ídolo que eu sinceramente não tinha mais quaisquer esperanças de ver ao vivo. O show do Ozzy, é claro, também foi inesquecível. Não vou me alongar sobre esses shows porque todos eles foram devidamente resenhados aqui no blog ao longo de 2011. O ano teve também o ótimo show do Pearl Jam em Porto Alegre, e foi muito bom rever a banda depois do magnífico show deles de 2006 (coloquei uma resenha desse antigo show no blog, na época, mas era um dos endereços antigos. Preciso ressuscitar esse post uma hora dessas aqui no atual endereço da Cripta). A decepção foi o show do Eric Clapton, com um setlist meio sem sal e com uma péssima organização do evento.

E é claro que não eu não poderia fazer um retrospecto de 2011 sem falar da conclusão do meu mestrado. Foi o fechamento de uma longa jornada que começou no final de 2009 (com a inscrição no processo seletivo) e tomou um grande tempo da minha vida em 2010 e 2011, culminando com o último semestre que passou, no qual a minha vida foi praticamente consumida nas leituras e pesquisas para a dissertação, bem como na redação da mesma. Entrega de projeto, defesa do projeto em banca, estágio de docência, entrega da dissertação, defesa da dissertação em banca ... UFA, que semestre puxado! Terminar o ano com o título de Mestre e aprovado com nota máxima é algo que simboliza muito bem como foi 2011 para mim: um ano muito difícil, mas inesquecível e extremamente gratificante.

Meu agradecimento, como não poderia deixar de ser, vai para os amigos e para todas as pessoas especiais que fizeram de 2011, no cômputo final, um ano muito feliz para mim. Da minha parte, só resta torcer para que 2012 seja um ano tão rico em memórias especiais e de sensações de realização e satisfação quanto foi 2011.

Mas - hey! - afinal de contas cadê a Mensagem de Ano-Novo da Cripta? Tudo isso até aqui foi basicamente uma Retrospectiva 2011 do Caveira que vos fala. Bom, é que essa recapitulação foi necessária para ilustrar o significado da mensagem, que é: a vida é muito mais legal quando temos pessoas malucas como nós para nos acompanhar durante a viagem. Temos que saber que somos imortais apenas por um tempo limitado, como diz aquela letra do Rush, então é importante que todas as diferentes facetas importantes das nossas vidas tenham pelo menos um espacinho nas nossas agendas - as agendas sempre tumultuadas de cidadãos respeitáveis do mundo pós-pós-moderno desta segunda década do Século XXI.

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