terça-feira, 11 de outubro de 2011

Homenageando STEVE JOBS (1955-2011)



Pois é: o genial Steve Jobs nos deixou na semana passada. Muita gente – principalmente entre o pessoal mais jovem – acha que o grande legado do cara foram as desejadas bugigangas que ele inventou na última década, como o Ipod, o Iphone e o Ipad. Ledo engano!

Na verdade, a grande contribuição de Jobs para a revolução do mundo como o conhecemos hoje foi a popularização do microcomputador pessoal. Ele fez isso de duas maneiras: primeiro, criando em 1977 o Apple II, um dos primeiros microcomputadores e o primeiro a experimentar grande sucesso comercial. Segundo, apresentando ao mundo, nos anos 80, o primeiro sistema operacional gráfico (o que depois foi copiado na cara dura pela Microsoft). Jobs intuiu, com toda a razão, que a disseminação dos microcomputadores passaria pela necessária implementação de uma interface mais amigável com o usuário, ao contrário dos sistemas operacionais existentes até então, que eram operados tão somente por comandos de texto na tela.



O Apple II abriu as portas para uma série de grandes e clássicos microcomputadores que vieram depois, como os britânicos ZX Spectrum (1982) e Amstrad CPC (1984), o também americano Commodore 64 (1982), o japonês MSX (1983) e, é claro, o IBM-PC (1981), o padrão que é o avô direto de todos os PCs rodando Windows que nós hoje temos em casa. Ah, e acho que não preciso nem dizer que, se não fosse pelos microcomputadores, nós evidentemente não teríamos consoles de videogame (que nada mais são do que microcomputadores dedicados) em nossos lares.

Jobs foi um dos pioneiros na insana tarefa de convencer as pessoas que elas deveriam ter microcomputadores em suas casas e que estas máquinas poderiam fazer muito para facilitar nossas vidas e torná-las mais legais, o que soava como uma loucura no final dos anos 70.

Naqueles tempos, “computador” era o tipo da coisa associada com grandes empresas, com fábricas e com processamento de dados comerciais. Sugerir que as pessoas deveriam ter computadores em casa e em pequenas atividades profissionais era mais ou menos como sugerir que as pessoas colocassem esteiras de produção ou maquinário pesado dentro de suas residências. Mas o visionário da Apple acreditou na sua visão e … adivinha quem estava certo?

Para homenagear o genial fundador da Apple, aqui vão alguns vídeos muito legais. Este primeiro é um maravilhoso, inspirado, sincero e choramingante discurso de Jobs, proferido há alguns anos atrás numa cerimônia de formatura na Universidade de Stanford. Não pense duas vezes: veja do começo ao fim. É bom demais!



Em seguida, temos esse inacreditável registro de um show promocional da Apple, comandado por Jobs e que tem entre os participantes um jovem nerd franzino chamado ... Bill Gates! E não é que o futuro arqui-concorrente da Apple morre pela boca e admite expressamente que o Macintosh é a máquina mais maravilhosa que ele já viu na vida até então?



Para encerrar, esse incrível vídeo de uma das exibições de lançamento do Macintosh, com o mundo pela primeira vez testemunhando um microcomputador dotado de sistema operacional gráfico. Perto disso, o lançamento do Ipad foi tão surpreendente quanto um teatrinho de velhas esclerosadas num asilo!



Ipod, Iphone, Ipad … todas essas coisas podem ser muito legais. Mas o que realmente devemos agradecer a Steve Jobs, para sempre, é pelo seu empenho em nos convencer de que não poderíamos continuar vivendo sem microcomputadores à nossa volta. Muito, muito obrigado por ter percebido isso, Steve! Você, com toda certeza, fez com que as nossas vidas fossem muito mais legais e divertidas.

                            Jobs lançando o revolucionário Macintosh em 1984.

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